Manaus – O Paiol da Cultura, espaço cultural do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) , segue até 14 de agosto com a exposição ‘Amazônia Mapeada: Imagens e Sons do DNA Ambiental’. Uma parceria entre Brasil e Suíça, a obra combina ciência e arte para destacar a necessidade urgente da preservação da biodiversidade e controle das mudanças climáticas. Para visitar basta fazer o agendamento através do site.
A instalação, que teve sua abertura em 15 de julho, contrasta a beleza natural da Amazônia com a devastação causada pelas secas e incêndios de 2023, exibidas através de fotografias, videoarte e sons de DNA ambiental para estimular um diálogo crítico.
Daiane Furtado, que veio ao Bosque com a família, comentou sobre a relevância da exposição para conhecer os impactos da seca. “A exposição foi bem interessante porque a gente conheceu o que houve na seca, vimos a realidade do ano passado no Amazonas, e através das fotos, dos sons, podemos sentir a natureza falando com a gente”.
A visitante Priscilla Cajazeira também ressaltou a função da exposição para a conscientização da população. “É muito importante que as pessoas vejam a exposição porque retrata bem o que aconteceu no ano passado em relação à seca, algo surreal para a nossa realidade. Então, é importante que as pessoas venham ver e sentir para se conscientizar de quanto é importante preservar a natureza”.
O coordenador do Bosque, Jorge Lobato, destacou como as exposições temporárias do Paiol da Cultura enriquecem a experiência dos visitantes, “O Bosque já conta com a exposição permanente Tramas da Ciência da Casa da Ciência que traz como eixo central a biodiversidade. Receber as exposições no Paiol da Cultura traz o componente artístico que aumenta a qualidade do nosso serviço à sociedade. Sem contar nas importantes parcerias que são criadas, como a Swissnex no Brasil que trouxe a instalação Amazônia Mapeada.”
Sobre a Exposição
“Amazônia Mapeada” visa expandir e aprofundar a compreensão da crise ambiental na região amazônica. O projeto propõe uma reflexão crítica que aponta a urgente crise hídrica e suas implicações mais amplas, conscientizando e estimulando a ação social ao destacar, através das lentes da ciência e da arte, a urgência da preservação da biodiversidade. É uma forma de sensibilizar, mobilizar e inspirar os seres humanos, fazendo o uso da pesquisa e da arte, a se engajarem na luta pela preservação da natureza para combater as mudanças climáticas.
O projeto é uma obra da artista Sonia Guggisberg, com o trabalho realizado pelo grupo de cientistas da iniciativa CLabs (DNA of Music), coordenada por Andrea Desiderato, apoiado pela Swissnex no Brasil, Presence Switzerland e ETH integrante do ETH BiodivX.
A exposição é promovida pela iniciativa da Swissnex no Brasil de conectar a pesquisa ao descaso social, mostrando uma realidade onde paisagens antes vibrantes agora são marcadas por rachaduras no solo seco e fumaça substituindo o ar limpo.