Manaus – Três semanas depois, apenas quatro dos 35 presidiários fugitivos do Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2) foram recapturados pela polícia, segundo informou a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap-AM). A fuga em massa de presos, alguns considerados de alta periculosidade, ocorreu no último dia 12.

Após a fuga, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) montou uma operação para recapturar os presos. (Foto: Divulgação/PM)
Até a última sexta-feira (1º de janeiro), haviam sido recpaturados os presos Manoel Junio Monteiro Bastos, 24, e Carlos Alex Bruno da Silva, 25, ambos respondendo por roubo e capturados no último dia 25. Outro recapturado foi José Francisco dos Anjos Rodrigues que responde por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
O primeiro foragido da fuga a ser recapturado foi Josué Mota de Oliveira, no último dia 18, no Centro, zona sul de Manaus.
Entre os foragidos do CDPM 2, há presos considerados de “alta periculosidade”, como Kaio Wellington Cardoso dos Santos, o ‘Mano Kaio’, capturado em 18 de agosto de 2017, no Rio de Janeiro. Ele é apontado, pela polícia, por envolvimento em, pelo menos, 50 homicídios.
De acordo com a Polícia Civil, ‘Mano Kaio’ era um dos líderes da facção criminosa Família do Norte (FDN) e agora partiu para a organização criminosa rival Comando Vermelho (CV).
Outro foragido ainda não localizado é Alexsandro Oliveira dos Santos, 32, o ‘Sandrinho’, que estava preso desde o dia 7 de fevereiro deste ano. Conforme a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), ‘Sandrinho’ era investigado como autor ou mandante de, pelo menos, 40 homicídios em Manaus, principalmente, na zona oeste da cidade.
Fuga em túnel
Os presidiários fugiram por um túnel na área externa do pavilhão 5 do CDPM 2, na zona rural de Manaus. Após a fuga, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) montou uma operação para recapturar os presos.
A Polícia Civil instaurou um inquérito civil para investigar a responsabilidade criminal sobre a fuga. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) também abriu um inquérito para investigar a responsabilidade da Seap na fuga e o Governo do Amazonas anunicou o afastamento do diretor e diretor-adjunto do CDPM2.