Chuva invade casa e morador agradece ao Prefeito pelo ‘presente’ de Natal

Além da invasão da água nos períodos de chuva, os moradores ainda precisam conviver com os buracos nas ruas, asfaltamento precário e o risco de alguém sofrer um acidente grave

Manaus – O engenheiro eletrônico Eraldo Boechat denunciou o descaso de David Almeida com a falta de infraestrutura da Prefeitura de Manaus, no conjunto Flávio do Espírito Santo, conhecido por muitos como Industriário II, na zona leste da capital . Segundo Eraldo, a água da chuva desta segunda-feira (25), invadiu sua casa e de outros moradores, por conta do ‘pouco caso’ da gestão municipal e seus secretários com serviços de ‘remendos’ na área.

De acordo com Eraldo o conjunto Flávio do Espírito Santo, conhecido erroneamente por Industriários II, sofreu algumas mudanças na parte estrutural de evasão da água e desde então os moradores sofrem no período de chuva. O fato de culpar a atual gestão é de que os apontamentos para a melhoria da evasão da água são feitos e a gestão de David Almeida ignora os pedidos há três anos.

“O que acontece é que haviam três manilhas ou três tubos que davam evasão da água. Cada tubo desse, tinha dois metros e meio de diâmetro e nunca entupia, porque o povo joga muita porcaria no rio, infelizmente. E aí foi feito uma obra e nessa ocasião colocaram quatro de um e meio, ou seja menores. E eu ouvi do engenheiro da prefeitura: ‘Ah, melhorou a vazão’. Eu disse, o problema não é a vazão, o problema é a quantidade de lixo que vai entupir num tubo menor. E de lá pra cá, a nossa casa enche quase todos os anos.”

O engenheiro ainda relata que a gestão atual tem conhecimento do problema.

“A gente teve enchente em Março, Maio e agora em Dezembro e a prefeitura sabe porque a gente já comunicou. Só que ninguém faz nada. Há um ano e pouco atrás, chegaram aqui e trocaram as manilhas porque a água arrancou parte do asfalto, mas trocaram pelas mesmas manilhas que estavam e a gente pediu para não fazer isso porque aquela tubulação já era deficiente é jogar o tempo fora. Aí o que acontece entope lá facilmente a água retorna e dá a volta pela nossa casa entra pela rua de cima no conjunto e daqui pra baixo vai enchendo a casa de todo mundo eu sou sempre premiado porque a prefeitura também fez uma obra na rua e botou o caimento da rua pro lado contrário em vez de fazer o caimento para a rua principal e daí o que acontece toda água entra fica na frente da minha casa e acaba adentrando o portão. E alaga a minha casa”.

Depois de muita dor de cabeça, Eraldo resolveu ele mesmo tentar solucionar o problema, mas não deu certo.

“A gente já levantou um pouco mais a casa, mas quando vieram aqui fazer uma calha na rua, o chefe de obras fez questão de não dar ouvido ao que a gente falou. A gente falou, se você não puser o caimento para fora, vai alagar a rua”.

O engenheiro alega que moradores da área não são ouvidos, que os secretários e encarregados de obra fazem ‘pouco caso’ dos pedidos das pessoas que têm suas casas invadidas no período da chuva por conta de obras mal feitas.

“Sabe, é pouco caso mesmo? Tanto da prefeitura quanto dos profissionais que trabalham com ele. Ninguém tem o esmero de fazer o serviço que precisa ser feito. Fica um serviço de remendar, remendar, remendar e a porcaria fica aí”

Outro pedido feito pelo moradores e que revelou mais uma vez o descaso da Prefeitura, foi a solicitação de uma ponte que, segundo o engenheiro, resolveria o problema dos moradores.

“A gente já pediu uma ponte aqui e uma ponte de pelo menos cinco metros, que não é grande, é fácil de fazer e não é tão absurdo de caro, resolveria definitivamente o problema. Porque aqui nunca alagou, só alagou depois que colocaram essas manilhas finas. Então vai continuar alagando e não adianta dizer que vai consertar”

Além da invasão da água nos períodos de chuva, os moradores ainda precisam conviver com os buracos nas ruas, asfaltamento precário e o risco de alguém sofrer um acidente grave.

‘Hoje um carro quebrou lá, agora de manhã. Tem um buraco lá porque a água já levou parte da parte de baixo do asfalto, o asfalto tá uma capa, se você andar lá na rua, você vai ver que ela mexe, vai terminar de quebrar, alguém vai se machucar, mas o pessoal só vai se mexer quando alguém morrer, quando alguém se machucar, quando alguém tiver uma tragédia, aí vai fazer cara de rogado, de santo que não sabia e que podia ter feito e não fez”, conclui.

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