Manaus – Manaus caiu da 83ª para a 86ª posição de 2023 para 2024 e foi mantida entre as 20 piores cidades do Brasil com os piores índices de saneamento urbano ao longo dos 4 anos da gestão do prefeito David Almeida (Avante), candidato à reeleição. É o que aponta o Ranking do Saneamento 2024, publicado pelo Instituto Trata Brasil.
A capital do Amazonas está há oito ano entre as 20 piores no ranking de saneamento básico, que avalia três indicadores: nível de atendimento, melhoria do atendimento e nível de eficiência.
De acordo com o ranking de 2024, enquanto Manaus apresenta 99,49% da população com acesso à agua tratada, apenas 26,09% dos manauaras possuem acesso à coleta de esgoto.
O investimento anual médio em saneamento por habitante é de R$ 115,66, metade do patamar nacional médio para a universalização que é de R$ 231,09 anual por habitante.
Cinco capitais da região Norte estão entre as 20 piores. Porto Velho ocupa a última colocação, seguida por Macapá. As outras três na lista são Rio Branco, Belém e Manaus. Segundo o Instituto Trata Brasil, Manaus, Belém, Rio Branco, Macapá e Porto Velho têm menos de 35% do esgoto é tratado.
“Em ano de eleições nos municípios brasileiros, saneamento básico precisa estar no centro das discussões”, afirma o Trata Brasil em trecho do estudo.
Maringá (PR) tem os melhores índices de saneamento básico do Brasil, com 99,99% de água tratada e esgoto, seguida de São José do Rio Preto e Campinas. As três cidade do Estado de São Paulo atingiram, pela primeira vez na história do ranking, a pontuação máxima com a universalização do saneamento.
Em sua 16ª edição, o ranking focou nos 100 municípios mais populosos do Brasil e levou em consideração indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2022, publicado pelo Ministério das Cidades.
De acordo com a presidente-executiva do Trata Brasil, Luana Pretto, a universalização do saneamento básico caminha muito devagar no Brasil. Ela diz que as eleições municipais deste ano são uma oportunidade para discutir o problema.
“Temos menos de dez anos para cumprir o compromisso de universalização do saneamento que o país assumiu com os seus cidadãos. Ainda assim, cinco capitais da região Norte e três da região Nordeste não tratam sequer 35% do esgoto gerado. Neste ano, de eleições municipais, é preciso trazer o saneamento para o centro das discussões”, disse.
Veja aqui o Ranking do Saneamento de 2024.