Em sessão especial, desembargadora recebe medalha ‘Ruy Araújo’ na ALE

A desembargadora, Marinildes Costeira de Mendonça Lima, foi a segunda mulher a exercer o governo do Estado sua gestão à frente do Tribunal de Justiça

Manaus – O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE), deputado Roberto Cidade, entrega em sessão especial a medalha “Ruy Araújo” à desembargadora Marinildes Costeira de Mendonça Lima. Conforme resolução legislativa n° 322/2002 de autoria do então deputado Antônio Cordeiro, da 13ª e 14ª e 15ª legislaturas, a saudação será proferida pelo deputado Ricardo Nicolau, que será  realizado nesta terça-feira (15) as 11h30, no Plenário Ruy Araújo.

Desembargadora Marinildes Costeira de Mendonça Lima (Foto: Divulgação)

A solenidade ocorrerá de modo virtual, em decorrência da Covid 19, e será transmitida pelas redes sociais deste poder.

Biografia 

A desembargadora nasceu no município de Itacoatiara e na adolescência mudou-se para Manaus, onde concluiu o ensino fundamental e médio no Colégio Santa Dorotéia. Graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Amazonas, em 1966, e em 1967 ingressou na Magistratura, sendo nomeada para a Comarca de Boca do Acre.
Em 1968, obteve o 1° lugar no concurso para o cargo de Juíza de Direito de 1ª Entrância, nomeada para novamente para Boca do Acre, onde enfrentou dificuldades de acesso pois para chegar à Comarca precisava pegar avião da FAB ou barco de linha, com trajeto levava 45 dias de viagem.

Em 1975, foi promovida ao cargo de juíza de Direito da 2ª Entrância da Capital. Em 1989 foi promovida por merecimento ao cargo de Desembargadora. Com uma trajetória de inovações e comprometimento, foi a primeira mulher a presidir o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas e a presidir a primeira eleição informatizada, em 1996. Em 2000, exerceu o cargo de Corregedora-Geral de Justiça e teve uma atuação notável ao presidir a Comissão de Correições Extraordinárias nos Registros de Terras Rurais (grilagem de terras) que a projetou nacional e internacionalmente. Em 2002 assumiu a presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas, se tornando a primeira mulher a ocupar o cargo no Judiciário amazonense e uma das primeiras no Brasil.

Desembargadora Marinildes Lima e o filho Marcelo Lima. Foto: Divulgação

A desembargadora foi também a segunda mulher a exercer o governo do Estado sua gestão à frente do Tribunal de Justiça foi marcada por realizações, dentre as quais se destaca a  construção dos Fóruns de Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo; 32 casas para juízes no interior; implantação da Justiça Sobre as Águas; criação do projeto  “Justiça nas Escolas” e do Coral do servidor; resgate e instituição do brasão da Justiça; aquisição de dois ônibus para a Justiça Itinerante e o seu projeto maior, a construção da atual sede do TJAM, iniciada durante sua gestão.

A história de Marinildes é narrada pelo seu pioneirismo, pela sua garra e dedicação à sua profissão, abrindo caminho para que outras magistradas pudessem trilhar seu caminho. Recebeu inúmeras homenagens
ao longo da carreira, sendo condecorada com diversas Medalhas e Comendas. No exercício da magistratura conseguiu conciliar sua atividade com a vida familiar.

É casada com o economista José Marcelo de Castro Lima, com quem teve os  filhos a Juíza Rebeca de Mendonça Lima, casada com o bacharel em Direito Protázio Gonçalves Botelho, e, o Tabelião de Notas, José Marcelo de Castro Lima Filho, casado com a Notária e Registradora Silvana Martins da Silva Lima, e os netos: Mariana de Mendonça Lima Ypiranga Monteiro, Marcelo e Samuel Mendonça da Silva Lima. Sempre com as bençãos de Deus, a quem agradece diariamente, Marinildes marcou sua trajetória no Poder Judiciário amazonense.