Em Tabatinga, ação de Policiais Militares é alvo da Justiça

Os denunciantes alegam que em 22 de abril deste ano, um grupo de policiais invadiu um estabelecimento

Tabatinga – Estrangeiros que moram no município de Tabatinga (a 1.108 quilômetros a oeste de Manaus) denunciam tortura, extorsão e falso flagrante envolvendo Policiais Militares (PMs) da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam). Os denunciantes alegam que em 22 de abril deste ano, um grupo de policiais invadiu um estabelecimento, torturou funcionários e levou dinheiro, materiais e câmeras do circuito interno de segurança do local e o valor de R$ 100 mil.

Foto: Divulgação

O estabelecimento pertence ao empresário peruano Ciro Gonçalez Guevara, que trava uma longa disputa na Justiça por indenização. Guevara afirma que, naquele dia, três funcionários estavam na loja quando os policiais chegaram procurando dinheiro. Eles agrediram os empregados e chegaram a quebrar uma parte do teto de gesso, e justificaram que havia drogas no estabelecimento, denuncia o comerciante.

De acordo com o advogado de defesa Ségio Renam de Mello Freitas, um dos funcionários, o cidadão peruano Alfredo Aberlaez Grandes, foi preso em flagrante e, após passar mais de 5 meses detido, foi constatado na Justiça que as acusações não tinham fundamento. Porém, a absolvição só saiu após ter sido pedido três vezes pela defesa que retirassem as acusações conforme explicou o advogado de defesa.

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Foto: Divulgação

“Constatamos que o que aconteceu foi um flagrante forjado. Entraram na loja, bateram e torturaram os funcionários e saíram procurando dinheiro e drogas. A juíza transformou a prisão em flagrante em prisão preventiva. Pedimos três vezes para que ele fosse solto pelo fato de não ter antecedentes, não ter envolvimento com o crime e ser uma pessoa trabalhadora. Então, finalmente marcaram a audiência que aconteceu em setembro”, disse.

Durante a audiência a juíza Bárbara Marinho Nogueira determinou que o réu fosse solto imediatamente, que os bens apreendidos fossem devolvidos e que o caso seja apurado pela Corregedoria da Polícia Militar.

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Foto: Dvulgação

A reportagem solicitou posicionamento da Polícia Militar do Amazonas sobre o caso que não respondeu até o fechamento desta matéria.

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