Manaus – Alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da escola municipal José Sobreira do Nascimento, localizada na comunidade Nossa Senhora de Fátima, no rio Negro, zona ribeirinha de Manaus, participam até o próximo dia 31 de outubro, do 1º Festival de Leitura Ana Peixoto. O evento, realizado de forma remota pelo grupo de WhatsApp da unidade, é uma homenagem à escritora que morreu em setembro, vítima da Covid-19.
O objetivo do festival é sensibilizar os alunos sobre a importância da leitura em suas vidas e da utilização da plataforma Árvore de Livros, uma parceria entre a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e o projeto de mesmo nome, no desenvolvimento de estudantes, professores, pedagogos, gestores e pais.
A subsecretária de Gestão Educacional da Semed, Euzeni Araújo, destacou a importância do trabalho realizado pela escritora nas unidades de ensino de Manaus. Segundo ela, Ana era uma amiga da escola, com participação em vários eventos e apoio com sua coleção de livros “Coisas da Ana”.
“A escritora Ana Peixoto deixou um grande legado, porque ela se fez presente em quase todas as escolas da rede municipal, divulgando sua obra e criando esse gosto, esse prazer, principalmente pela literatura amazonense. Com essa temática amazônica, Ana realizava contação de histórias, fazendo com que crianças e professores, todos se envolvessem nesse mundo mágico e encantado da literatura, desenvolvendo o gosto pela leitura”, completa.
De acordo com o professor Paulo Henrique Costa do Couto, coordenador do evento, a escritora participou de muitos momentos de leitura na escola, além da doação de vários livros. Para ele, nada melhor que realizar o festival, para incentivar mais ainda os alunos ao hábito da leitura de suas obras.
“O festival foi uma forma de homenagear uma das maiores escritoras da literatura infantil do Amazonas. Ana Peixoto, em seus livros, em que declamava suas poesias, ensinava o amor pelas coisas da Amazônia e a valorização de ser um cidadão da Floresta Amazônica. Ela era uma grande educadora, que incentivava nossos alunos pelo gosto da leitura, sempre que visitava a nossa escola”, comenta.
A aluna do 7º ano matutino, Myurlles Mendes de Lima, 13, que mora na comunidade Nossa Senhora de Fátima, já leu os três livros disponibilizados pela plataforma. Para ela, foi muito bom, porque conheceu mais ainda sobre a escritora.
“Como uma escritora amazonense, o que ela escreveu representa bem o nosso cotidiano, principalmente as pessoas que moram no interior. Eu gostei, foi uma ideia muito boa. Muito legal ler os livros, pois apesar de pequenos, são muito interessantes. O festival é uma ótima ideia, porque incentiva mais os alunos a lerem e a plataforma tem também bons livros para ler”, analisa.