*Com informações da assessoria

Mais de 500 venezuelanos estão em Manaus, segundo a Sejusc (Foto: Sandro Pereira)
Manaus – Famílias venezuelanas com crianças de colo serão os primeiros transferidos para o abrigo destinado a eles, no bairro Coroado, zona leste de Manaus. Os critérios foram definidos pela Secretaria de Estado de Justiça Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), que atua nas ações de atendimento às famílias que estão na rodoviária e no centro de Manaus.
De acordo com a Sejusc, as obras no local estão praticamente concluídas, restando apenas a mobília. Devem ser comprados camas, colchões, fogão, geladeira, panelas, entre outros itens.
“Não é só do prédio que precisamos. Temos que dotar o local de condições adequadas para que seja, realmente, considerado um abrigo e para que possa atender, de maneira digna, as necessidades das famílias que irão ficar lá, mesmo que temporariamente, observa a secretária da Sejusc, Graça Prola.
Balanço da Sejusc mostra que mais de 520 venezuelanos chegaram à capital até o momento, a maioria indígenas da tribo Warao. De acordo com a secretária Graça Prola, o levantamento de todas as famílias está em fase final de execução.
“Nós já temos todo o cadastro das famílias que estão na rodoviária e estamos concluindo as que estão no Centro. Nós vamos levar por primeiro as famílias que possuem crianças recém-nascidas ou com até um ano de idade. Em seguida, irão as famílias com crianças a partir dessa idade até 12 anos. Depois, vão as famílias com apenas a mãe ou pai com crianças e, por fim, os casais sem filho”, explica.
Os venezuelanos começaram a chegar a Manaus no fim do ano passado, mas o número de imigrantes cresceu de maneira significativa há dois meses. A Sejusc mantém no local do acampamento próximo á rodoviária um plano emergencial de atendimento. “Nós temos uma parceira com a Secretaria Municipal de Saúde para que sejam feitos exames, por exemplo, além da questão das vacinas. Depois é feito o atendimento na UBS (Unidade Básica de Saúde) e se tiver problema que precise internação vai para as unidades de saúde do Estado”, afirmou.
Ainda de acordo com a Sejusc, todos os imigrantes venezuelanos estão legalizados e deverão ser atendidos durante 12 meses. “Nosso prazo de acolhimento será de um ano, pois acreditamos que nesse período eles já terão condições de viverem de maneira mais independente”, finaliza Prola.