Manaus – Os restos mortais encontrados pela Polícia Federal nas buscas ao indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips chegam a Brasília nesta quinta-feira (16). Imagens mostram os policiais federais que atuaram na operação conduzindo os corpos na noite desta quarta-feira (15) até uma caminhonete no porto do município de Atalaia do Norte (a 1.138 quilômetros a oeste de Manaus).
De lá, os materiais genéticos de Bruno e Dom foram transportados a Tabatinga (AM), de onde serão encaminhados ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pela perícia. A previsão é que os resultados dos exames de DNA fiquem prontos na próxima semana.
A corporação informou que os ‘remanescentes’ foram coletados e serão enviados para perícia para identificação dos corpos. “Sendo comprovados que esses remanescentes são relacionados ao Dom Philips e ao Bruno Pereira, nós vamos restituir mais breve possível às famílias”, afirmou.
Pela avaliação dos investigadores, será possível realizar um teste de DNA para a identificação dos restos mortais.
Durante entrevista coletiva, Fontes afirmou em depoimento que o pescador Amarildo da Costa Pereira, conhecido como ‘Pelado’, um dos suspeitos pelo desaparecimento, confessou a participação no desaparecimento e indicou onde estavam os corpos, a mais de 3km do local do crime.
Segundo o chefe da PF, o suspeito informou que o barco em que viajavam o jornalista e o indigenista foi afundado.
“Agora vamos descobrir as causas das mortes e dos crimes. Ainda estamos na parte investigativa e realizando diligências, e novas prisões devem ocorrer. Todas as forças de segurança estão unidas e trabalhando de forma ininterrupta. O objetivo é reunir todas as provas de forma segura”, acrescentou o superintendente da PF.
De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.
Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de ‘Churrasco’. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.
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