Manaus – Abel Oliveira Sodré, 20, foi preso em flagrante, na tarde desta sexta-feira (20), no bairro Francisca Mendes, zona norte da capital, suspeito de falsificar documentos públicos, como a venda de certificados falsos de conclusão de ensinos fundamental e médio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), ele já tinha passagem pela polícia por estelionato, quando tinha 18 anos. Ele estava com um cartão de crédito clonado e tentou pagar uma corrida de táxi.
Abel Oliveira Sodré, 20, já tinha passagem pela polícia por estelionato, quando tinha 18 anos. (Foto: Divulgação/SSP)
Outras duas pessoas foram levadas para prestar depoimentos, sendo elas Valdine de Lima, 49, e a namorada de Abel, uma adolescente de 15 anos. Foram apreendidos, ainda, computadores, impressoras e certificados falsificados da Seduc com o nome de diversas escolas, além de uma lista com nomes de pessoas que, possivelmente, compraram os documentos falsos. O material foi apreendido na casa onde o esquema funcionava, na Rua 83, no bairro Francisca Mendes.
De acordo com a SSP-AM, a prisão aconteceu por meio de uma denúncia anônima. OS policiais ficaram de campana em um supermercado, na Cidade Nova, onde os certificados seriam entregues. Valdine foi pego em flagrante com os documentos e, ao chegar na casa onde funcionava o esquema de falsificação, Abel admitiu ser responsável pelo crime. A jovem menor de idade seria responsável por conquistar pessoas interessadas em comprar os documentos.
O caso foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde uma equipe técnica da Seduc foi enviada e confirmou que os documentos apreendidos eram falsificados. Todo material apreendido e mensagens contidas em um telefone celular serão encaminhadas para a perícia técnica.
Conforme a SSP-AM uma cópia da lista apreendida foi entregue a Seduc, que investigará os nomes contidos nela para verificar se houve utilização de documentos falsificados. Caso seja comprovado, os beneficiários do esquema poderão ser indiciados e responder criminalmente. Inicialmente somente Abel foi indiciado pelo crime de falsificação de documentos públicos. A pena prevista é de reclusão de dois a seis anos, além de multa.
Nota Seduc
Em nota, a Seduc informou que “recebe com muita satisfação a informação da desarticulação dessa ação criminosa, por parte das forças de Segurança do Estado, e reitera que as polícias Civil e Militar são grandes parceiras da Educação em todas as situações”.
Além disso, a secretaria “reitera quem mantém constante vigilância acerca desse crime de comercialização de certificados, principalmente pelas redes sociais, onde realizam constantes campanhas de orientação sobre o assunto, informando que essa prática é crime e que as pessoas devem denunciar à polícia e à Seduc qualquer situação dessa natureza”.
A nota diz, ainda, que a “Seduc volta a alertar às pessoas para que não comprem esse tipo de material porque, com toda a certeza, serão desmascarados e responderão criminalmente pelo ato”.
Segundo a secretaria, eles “mantém um registro rigoroso dos certificados emitidos e controlam todo o processo. Também colabora com as Instituições de Ensino Superior (IES) do estado, do Brasil, do Exterior e empresas que procuram a pasta para checar a veracidade de certificados”.
