Manaus – Luciano da Silva Barbosa, 32, conhecido como “Luciano da Compensa”, vulgo “L7”, é filho de José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, narcotraficante e líder de uma organização criminosa que atua no Amazonas.
O nome dele voltou a circular nas redes sociais após ser morto, na madrugada desta quinta-feira (23), no município de Anamã (a 165 quilômetros a oeste de Manaus). De acordo com o relatório da ocorrência, 15 a 20 homens teriam invadido a residência onde ele estava e o executado. Vídeos mostram armas apontadas para a cabeça de “L7” degolada.
“L7” foi preso no dia 2 de setembro de 2021 suspeito de cometer um duplo homicídio, no dia 4 de fevereiro do mesmo ano, no bairro da Compensa, zona oeste da capital.
O crime vitimou Talyson dos Santos Souza e Rodrigo de Oliveira Lima, que tinham 24 e 32 anos, respectivamente. A dupla foi alvejada com diversos disparos de arma de fogo. Durante as investigações, Luciano foi apontado como mandante do duplo homicídio, e isso faz com que a polícia acreditasse que ele seria o líder de um grupo criminoso.
Luciano da Silva Babosa cumpria pena no regime e era monitorado com uso de tornozeleira eletrônica. Recentemente a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) comunicou à Vara de Execuções Penais sobre o desligamento do dispositivo de monitoramento eletrônico.
Ele responde na Justiça no processo de número 0637306-36.2018.8.04.0001 (homicídio qualificado) que tramita na 2.ª Vara do Tribunal do Júri, no processo 0603193-56.2018.8.04.0001 (Homicídio qualificado) que tramita na 3.ª Vara do Tribunal do Júri com julgamento em plenário pautado para o dia 31 de agosto de 2022 e no processo 0647021-68.2019.8.04.0001 (homicídio simples) que tramita na 2ª. Vara do Tribunal do Júri com audiência de instrução e julgamento pautada para o dia 2 de agosto de 2022.
Luciano era um dos líderes do Cartel do Norte (CDN), que se formou após a dissolução da Família do Norte (FDN), fundada pelo pai.
Ele ainda foi preso em flagrante em 2013, na época com 24 anos, por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Em 2014 ele foi preso novamente suspeito de envolvimento na morte do delegado Oscar Cardoso, dentro de uma cadeia no Amazonas.
Em 2015, foi divulgado que Luciano fazia parte de uma investigação da Polícia Federal sobre o envolvimento de famílias no controle do tráfico e distribuição de drogas no Amazonas.
Em setembro de 2016, L7 foi preso novamente durante a Operação “La Murralla”, deflagrada para desarticular uma facção criminosa no Estado.
A Facção
A facção criminosa FDN foi fundada pelo Pai do “L7”, José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, junto com os narcotraficantes, João Branco e Gelson Carnaúba, que atualmente são ex-aliados. Dentro da FDN ocorreu um racha entre os criminosos, quando surgiu o Cartel do Norte (CDN).
“Zé Roberto da Compensa”
Aos 12 anos, Zé Roberto da Compensa iniciou a vida no crime e já foi preso quatro vezes. O criminoso é o elo com traficantes do Peru, Colômbia e Brasil. Ele Já esteve preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, e na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Durante uma fuga, em 2013, matou dois comparsas que se aliaram ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).