MPAM afirma que ideia de pintar calçadão da Ponta Negra partiu da Prefeitura

Ministério esclarece que TAC prometia tirar ciclofaixa que estava colocando em risco ciclistas, mas não sabia que calçadão seria pintado

Manaus – O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da 63ª Promotoria de Justiça de Urbanismo esclareceu nesta segunda-feira (23), que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado com a Prefeitura Municipal de Manaus, comprometia-se a retirar a ciclofaixa que estava colocando em risco ciclistas e motoristas. O TAC estabelecia que uma ciclovia deveria ser construída na Avenida Coronel Teixeira, em conformidade com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas (ABNT).

(Foto: Montagem D24am / Reprodução MPAM e Redes Sociais)

O MPAM esclareceu ainda que não se envolveu diretamente nos aspectos técnicos do projeto, como a forma de execução ou a pintura da ciclovia. A atuação do MPAM se limitou à fiscalização do cumprimento do acordo estabelecido. Entretanto, constatou-se, que no domingo (22), a pintura da ciclovia avançou sobre as pedras portuguesas do calçadão, o que, compreensivelmente, gerou protestos por parte do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).

“É importante salientar que o projeto da prefeitura deveria ter previsto uma solução adequada para a ciclovia sobre o calçadão, inclusive levando em consideração consulta ao seu corpo técnico e ao CAU. Portanto, a decisão de realizar a pintura sobre as pedras portuguesas foi uma escolha discricionária do poder público, não havendo qualquer concordância ou anuência do Ministério Público do Estado do Amazonas”, diz a nota de esclarecimento.

O MPAM ressalta ainda que está acompanhando de perto a questão, acreditando que o imbróglio seja resolvido o mais breve possível para que a ciclovia será concluída sem, contudo, impactar no paisagismo do calçadão.