Parintins – “A gente pode viver nossa cultura”. Assim a psicóloga Maria Eduarda Souza define a importância do Espaço Acessível no 57º Festival de Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus). Pelo segundo ano, ela acompanha a tia Liliane Souza no espetáculo, e neste ano ainda teve o benefício do translado adaptado.
Moradora do bairro Itaúna II, elas demorariam cerca de 45 minutos a pé para chegar ao Bumbódromo, devido às interdições nas proximidades do festival. Entretanto, elas indicaram que precisavam do translado de casa ao festival e do festival para casa, e fizeram uso da van adaptada ofertada pela Secretaria Executiva dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SePcD).
Maria Eduarda disse estar satisfeita em saber que as políticas públicas para as PcD são levadas a sério e que está sempre atenta aos eventos do Governo do Amazonas, por saber que a tia poderá usufruir com segurança.
“Ela já veio ano passado, aí quando abriu, imediatamente eu fiz a inscrição dela. Eu acho muito importante, porque a Liliane é amante do festival, ela torce pelo Caprichoso, mas trocou de boi por causa da Isabelle [Nogueira] e ter acessibilidade faz com que a gente sinta ainda mais orgulho em ser parintinense,”, afirma a acompanhante.
Liliane, que faz questão de pegar um lugar centralizado, fica atenta a todos os movimentos na arena e diz que agora não perde mais nenhum festival. “Eu estou feliz porque vou ver o Garantido e o Caprichoso, estou muito emocionada”, entrega a estudante.
Acessibilidade
O Espaço Acessível é assegurado por lei. Para o Festival de Parintins foram abertas as inscrições há cerca de um mês, com oferta de 30 vagas por noite e cada PcD tem direito a um acompanhante. A Festa dos Visitantes também contou com o benefício, que ainda tem hidratação e banheiro adaptado.
Em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, pessoas cegas ou com baixa visão contam com audiodescrição, e pessoas surdas têm Libras em telões, durante toda a noite, tornando o espetáculo inclusivo a todos.