“Prejudica nosso dia a dia”: população reclama sobre falta de ônibus em Manaus

As reivindicações dos empregados do setor envolve  o reajuste salarial e a permanência dos cobradores nos ônibus

Manaus- Usuários do transporte público reclamaram da falta do serviço  para o deslocamento ao trabalho e demais trajetos no primeiro dia da greve dos trabalhadores do transporte público em Manaus, que começou nesta terça-feira (15), e não tem prazo para terminar. As reivindicações dos empregados do setor envolve  o reajuste salarial e a permanência dos cobradores nos ônibus.

(Foto: Jimmy Geber/Arquivo GDC)

Segundo a auxiliar de saúde bucal Marcelia Martins, a greve prejudicou sua entrada no trabalho, e questionou ainda sobre o aumento da passagem de ônibus em meio aos problemas enfrentados no transporte público da capital amazonense.

“Cheguei atrasada, tive que sair mais cedo para tentar evitar, mas mesmo assim não consegui, e amanhã provavelmente vou ter que sair muito mais cedo. É  um descaso ficar exposto ao perigo nas paradas, a gente gostaria que tivesse alguma atitude, fora que estão tentando aumentar mais uma vez a pasagem. Será que o aumento da passagem seria para melhoria? e cadê essa melhoria que a gente não tá tendo, é difícil, e triste”, disse a auxiliar.

O pedreiro Samuel da Silva foi pego de surpresa com a greve e criticou o prefeito David Almeida, por conta da situação.

“Os terminais todos lotados, desse jeito não dá, o prefeito não resolve nada, eu acho que está tudo errado, o prefeito tem que cuidar do povo dele”, enfatizou Samuel.

Outra usuária do transporte público, a estudante Francimary Araújo enfatizou o quanto a greve prejudica o dia a dia do trabalho e reclamou da má qualidade dos ônibus na capital.

“Isso é muito ruim para nós, prejudica o nosso dia a dia, pra gente trabalhar , ir para o curso,  a população devia revindicar. Os ônibus são precários”, disse a estudante.

Greve

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou na tarde desta terça-feira (15), que a greve dos trabalhadores do transporte público de Manaus “não tem prazo para acabar”. Entre as reivindicações estão o reajuste salarial e a permanência dos cobradores nos ônibus.

A  greve começou após uma decisão judicial autorizar o movimento de paralisação parcial dos trabalhadores.

Segundo presidente do sindicato, Givancir Oliveira, o Município de Manaus, ofereceu uma proposta de retirar 33% dos cobradores este ano, no entanto, a sugestão não foi aceita pelos trabalhadores.

“A greve vai continuar até que haja uma soluções positiva para os trabalhadores. Amanhã com certeza, a greve vai ser maior do que hoje, vai ser paralizado 50%, de acordo com a decisão judicial, e vamos manter 70% em horários de pico. A greve não tem prazo para acabar,  nós estamos exigindo o que é nosso 12% do ajuste de salário, cesta básica e a permanência dos cobradores”, enfatizou o sincicalista.