Manaus – O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), realiza nesta segunda-feira (1º) um Ato Público, pelo aumento real do salário da categoria. O Ato ocorre em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM). O reajuste no salário dos profissionais da educação da Secretaria Municipal de Educação (Semed) seria de apenas 1,25%, ou seja, um aumento de ganho real de pouco mais de R$ 30,61.
Segundo a professora Helma Sampaio, Ato é realizado com o intuito de pedir ajuda dos vereadores no que ela chama de ‘afronta’ à categoria.
“Nós estamos hoje aqui na frente da Câmara Municipal de Manaus para solicitar o apoio dos vereadores, no que concerne a dizer não, ao projeto do prefeito David Almeda, que reajusta o salário dos professores em 1,25%. Isso representa um pouquinho mais de 30 reais do nosso salário. Então nós sabemos que tem uma minuta de projeto com esse percentual de 1,25%. Inclusive, os próprios subsecretários da SEMED colocaram um vídeo na rede social afirmando que realmente é este valor. Nós entendemos isso como uma afronta à categoria. Essa categoria precisa ter valorizada.
A professora relata ainda que a categoria se sente humilhada, principalmente por um prefeito que está visando a reeleição. A profissional aponta ainda indignação com o aumento de salário, progressões atrasadas e que não houve reajuste no auxílio de alimentação.
” Isso é humilhação, principalmente vinda de um prefeito que está aí querendo lançar a sua reeleição para a Prefeitura de Manaus. Nós estamos nos sentindo humilhados. Inclusive queremos a CPI do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), porque nós não sabemos como os recursos do Fundeb estão sendo utilizados pelo prefeito. Nós entendemos que também não houve valorização, porque o nosso reajuste salarial do ano passado foi um pouco mais de 4,5%. Então nós não observamos valorização nenhuma, as progressões ainda estão atrasadas, não houve reajuste no auxílio de alimentação. Nós precisamos ter esclarecimento do que o prefeito, do que a secretária, faz com os recursos do Fundeb. Então, quem não deve não tem. Nós pedimos aqui uma CPI dos vereadores.
A profissional da educação aproveitou o dia da mentira, neste 1º de Abril, para cobrar as promessas da gestão de David Almeida que não foram cumpridas.
“Prefeito de Manaus, Davi Almeida. Eu, professora, é uma professora de história da rede municipal. Quero dizer para você que me sinto indignada. Essa indignação é minha e dos meus companheiros que estão aqui na frente da câmara municipal. O senhor, por favor, tem que cumprir as suas promessas de campanha. O senhor prometeu concurso público, não cumpriu. O senhor prometeu valorização. Não cumpriu. Hoje é 1º de abril, dia da mentira, e infelizmente nós estamos dizendo pro senhor que o senhor não fala a verdade e o prefeito que quer se reeleger precisa primeiramente completizar as propostas de campanha. Então prefeito, valorize esses professores R$ 30 reais, é o que o senhor dá de gorjeta. Isso não é algo que seja valorização, nós estamos indignados, nós estamos nos sentindo humilhados. Então repense e ofereça um salário justo para os professores de Manaus’, conclui a professora.
Na última quarta-feira (27), o vereador Rodrigo Guedes (Podemos) compartilhou nas suas redes sociais, um vídeo onde mostra uma minuta de um Projeto de Lei retirado de um processo administrativo da Prefeitura de Manaus, com data do último dia 26 de março, sobre um reajuste no salário dos profissionais da educação da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de apenas 1,25%, ou seja, um aumento de ganho real de pouco mais de R$ 30,61.
A correção equivale a menos da metade da inflação acumulada em um ano tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que teve alta de 3,86%, até fevereiro. O indicador é aplicado nos reajustes salariais das categorias.