Manaus – Um vídeo registrado na manhã desta segunda-feira (25), no bairro Compensa, zona oeste de Manaus, mostra o risco que um homem deficiente visual sofre pela falta de acessibilidade no bairro. Em meio ao tráfego de veículos pesados e sem acesso à calçada, o homem tenta caminhar com segurança.
(Foto: Reprodução)
Com uma bengala na mão, o homem caminha pela rua tentando identificar o caminho mais seguro, tendo como orientação, o limite entre a rua, o esgoto e o meio-fio da calçada. O morador que registrou a situação ainda tenta orientar o deficiente visual e sugere que ele suba para a calçada, mas o homem diz que não consegue andar pela calçada pela falta de infraestrutura.
“Dê um passo largo para a tua esquerda, a calçada é alta”, diz o morador. E o homem respode: “Eu não subo nela não, é muito ruim de andar aí. A prefeifura não faz é nada, só enxame”.
Em julho deste ano, com base em denúncias sobre a falta de acessibilidade em passarelas, terminais de ônibus, vias e calçadas de Manaus, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), através da 63ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística (63ª Prourb), instaurou dois procedimentos administrativos. As portarias nº 0014/2024 e nº 0016/2024, assinadas pelo promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães, visam abordar a questão de acessibilidade na capital amazonense.
A segunda portaria tem como foco a fiscalização da acessibilidade nas vias e calçadas de Manaus. O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) admitiu que o Programa Calçada Legal é apenas informativo e não possui força de lei para obrigar a população a adequar os passeios públicos, revelando a fragilidade das ações até então implementadas.
Veja vídeo:
