Zonas leste e oeste continuam com a maior incidência de dengue, em Manaus

Essas áreas têm, historicamente, um índice de infestação do Aedes aegypti mais elevado, segundo o chefe do departamento de vigilância ambiental da FVS, Cristiano Fernandes

Manaus – As zonas leste e oeste continuam sendo as áreas que apresentam a maior incidência de dengue em Manaus, de acordo com o chefe do departamento de vigilância ambiental da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS), Cristiano Fernandes, que concedeu entrevista à REDE DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (RDC), na manhã desta terça-feira (16). “Essas são áreas que, historicamente, têm um índice de infestação mais elevado”, disse.

Zonas leste e oeste continuam com a maior incidência de dengue, em Manaus (Foto: Divulgação)

Conforme Fernandes, uma das causas que contribuem para o alto índice de infestações são os costumes que favorecem a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“A gente observa que os criadouros, os focos do mosquito transmissor, são encontrados em móveis residenciais e habitados. Ou seja, em algum momento, as pessoas acabam descuidando um pouco dos quintais e esse descuido favorece a reprodução do mosquito e aumenta o índice de ocorrências”, explicou.

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O chefe do departamento de vigilância ambiental da FVS, Cristiano Fernandes (Foto: Kamila Barros/Divulgação)

Ainda segundo Fernandes, Manaus apresentou uma redução de 42% dos casos de dengue, em comparação entre janeiro e setembro deste ano, com o mesmo período do ano passado. “Nós notificamos hoje, até o mês de setembro, cerca de 4.147 casos suspeitos de dengue, contra 7.201 mil ocorrências do ano passado. Isso mostra que as ações de controle têm sido eficazes”, disse o diretor.

Dentre as medidas de prevenção da reprodução do Aedes aegypti, Fernandes destacou: evitar locais que acumulam água, destinar de forma adequada o lixo, evitar pneus e pequenos reservatórios com água acumulada. “Garrafas pet, copos descartáveis, latinhas, e outros objetos semelhantes espalhados num quintal se tornam criadouros do mosquitos, especialmente em tempos de chuva”, destacou.

Levantamento das áreas de maior risco

Na última segunda-feira (15), agentes de endemias e agentes comunitários de saúde da Prefeitura de Manaus iniciaram visitas domiciliares em bairros da capital, com o objetivo de realizar um novo levantamento do índice de infestação do Aedes aegypti na capital.

Os bairros visitados serão: Santo Antônio, Glória, Compensa, Vila da Prata, São Raimundo, Flores, Colônia Antônio Aleixo, Mauazinho, Armando Mendes, Distrito Industrial 2, Puraquequara, Cidade de Deus e Novo Aleixo.

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Equipes de saúde irão atuar em 20% dos domicílios de Manaus. (Foto: Divulgação/Semsa)

Conforme Fernandes, as avaliações terminarão em até duas semanas. “O levantamento de índice de infestação é uma pesquisa realizada nacionalmente. A partir dos resultados, a gente vai avaliar as áreas de maior risco, e, a partir daí, elaborar estratégias de controle”, explicou.

Ainda de acordo com Fernandes, cerca de 45 municípios do interior do Estado apresentam índices de proliferação de dengue.

Sobre as doenças

Os vírus da dengue, chikugunya e zika são transmitidos pelo mesmo mosquito e provocam sintomas parecidos, como febre, manchas vermelhas, dor de cabeça e nas articulações, além de diarreia.

A dengue é considerada a doença mais grave entre as transmitidas pelo Aedes aegypti, no Amazonas, onde circulam 4 sorotipos diferentes do vírus, que são as formas mais graves, com potencial de levar os infectados à morte.

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