Manaus – A cheia do Rio Negro deste ano, em Manaus, deve causar danos e afetar a cidade como a de 2009, a maior até hoje registrada em Manaus. O prognóstico é do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que em seu Monitoramento Hidrológico mostra que a atual cota do Rio Negro está apenas 22 centímetro abaixo da de 2009, nesta mesma semana. Em 29 de fevereiro, a cota do rio era de 26,14 metros.
“Esta é a segunda maior cota do rio para a primeira semana de março na serie histórica desde 1902, quando iniciaram a medição do Rio Negro”, explicou o chefe de meteorologia da CPRM, Daniel Oliveira.
A cheia deve atingir seu pico em meados de junho e julho. De acordo com Oliveira, apesar do alto nível da cota do rio, ainda é muito cedo para saber se a enchente deste ano irá superar a cheia de 2009. “O primeiro alerta de cheia será divulgado no final do mês e os demais nos últimos dias de abril e maio”, afirmou.
Oliveira explicou que a principal causa da elevação das águas são as fortes chuvas que afetam a região. “As precipitações nas cabeceiras dos rios estão sendo muito grandes e este é o motivo da cheia elevada no Rio Negro”, frisou.
O prognóstico da CPRM é confirmado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que em seu Boletim de Prognóstico Climático aponta chuvas acima da média em março, abril e maio na região norte do Amazonas, onde está localizada Manaus.De acordo com o boletim do Inmet, divulgado em 23 de fevereiro, no próximo trimestre deve chover mais de mil milímetros
Segundo o boletim da CPRM, durante a primeira semana de março de 2009, o nível do Rio Negro em Manaus subiu em média 3 centímetros ao dia. Neste ano, a cota sobe diariamente em média 7,1 centímetros no mesmo período.
Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), a Prefeitura já está tomando medidas preventivas para amenizar os efeitos da cheia do Rio Negro em Manaus. As área em que podem haver problemas de inundações são os bairros São Raimundo e Glória, informou o órgão.
Moradores já se preparam para a enchente
Desde dezembro, moradores de áreas que podem ser afetadas pela cheia do Rio Negro começam a se preparar para enfrentar o período. Seja arranjando uma outra área para morar ou dando um jeito de levantar as casas, o momento é de tensão para quem busca a melhor maneira possível de se acomodar.