Manaus – A Marinha do Brasil fiscalizará, por intermédio do Comando do 9º Distrito Naval, todas as embarcações com destino ao 49º Festival Folclórico de Parintins, que acontecerá entre os dias 27 e 29 de junho. A ação de fiscalização, que será realizada no período de 23 de junho a 2 de julho, tem o propósito de garantir a segurança do tráfego aquaviário no Rio Amazonas.
De acordo com o capitão dos portos da Amazônia Ocidental, Paulino Antônio de Paula Júnior, a fiscalização faz parte do esquema de ações da Operação Parintins 2014, que se iniciou no dia 15 de maio com o agendamento das Vistorias Especiais.
“O processo de agendamento é somente a primeira etapa da operação. Até o momento, das 127 embarcações com destino para o Festival Folclórico de Parintins, 82 já foram aprovadas. Nessa primeira fiscalização, conferimos a parte documental e estrutural da embarcação”, afirmou o capitão.
Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (16), Paulino Antônio garantiu que até o final desta semana todas as embarcações agendadas no período de 15 a 30 de maio serão vistoriadas.
“As embarcações que foram vistoriadas e aprovadas recebem um passe que agiliza a fiscalização no momento em que a embarcação for abordada em um dos pontos de fiscalização”, explicou ele, ressaltando que serão três os pontos: um no Encontro das Águas, e outros dois nas barreiras de Inspeção Naval, em Itacoatiara e Parintins.
Conforme o capitão de mar e guerra, apesar de 127 embarcações terem sido agendadas, a previsão é de que mais de 250 viajem com destino para o festival folclórico.
“Fazemos essa pré-fiscalização justamente para agilizarmos a segunda vistoria, que é feita em um destes três pontos e onde fazemos a contagem da tripulação e dos viajantes. As embarcações que não tiverem o passe terão de ser fiscalizados de qualquer forma, podendo atrasar a viagem”, informou o capitão Paulino.
O capitão disse ainda que caso a embarcação apresente problemas de superlotação, ela terá de ser enviada de volta para o porto originário e desembarcar os passageiros excedentes.
“Temos casos e casos de superlotação. Se for em um número aceitável de três a cinco pessoas, ela volta para o porto de origem, desembarca os excedentes, recebe uma notificação e segue viagem. Caso seja um número absurdo de dez pessoas ou mais, emitimos um ofício para o Ministério Público, denunciando o crime que está sendo cometido pelo comandante”, afirmou Paulino.
Segundo ele, cerca de 300 militares serão empregados pela Marinha nessa operação, além de um navio de assistência hospitalar, dois navios de patrulha fluvial, três aeronaves do 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, 22 embarcações de inspeção naval da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental e das Agências Fluviais de Parintins e Itacoatiara.
Por fim, o capitão dos portos da Amazônia Ocidental pediu a colaboração da população para garantir a segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana nos rios e deu dicas essenciais para uma viagem mais tranquila.
“Sempre fazer a manutenção preventiva da embarcação, ter a bordo o material de salvatagem, respeitar a lotação da embarcação e ter colete para todos, manter os extintores de incêndio em bom estado, manter os equipamentos de comunicação funcionando, conduzir a embarcação com prudência, ou seja, dentro do limite de velocidade, não conduzir enquanto sob efeito de álcool, manter distância das margens, praias e banhistas, respeitar a vida e não poluir”, concluiu ele.