No mesmo palanque, Wilson Lima, Alessandra e Omar se preparam para reeleição

A maior defensora do governador Wilson Lima, a deputada estadual Alessandra Campêlo foi nomeada oficialmente, secretária da Secretaria de Estado de Assistência Social

Manaus – A maior defensora do governador Wilson Lima, a deputada estadual Alessandra Campêlo foi nomeada oficialmente nesta quinta-feira (18), secretária da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). Seu primo, Marcellus Campêlo comanda a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). Wilson Lima começa a montar sua equipe para tentar a reeleição e Alessandra é a peça-chave nesse tabuleiro. A deputada foi rejeitada pelos seus pares na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) que não aceitaram seu nome para presidir a Casa Legislativa. Antes de ser representante do povo, Alessandra assumiu a Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), onde foi investigada pelo Ministério Público do Estado (MP-AM) por indícios de corrupção no valor de R$ 6,3 milhões.

Peça na Assembleia

A relação de proximidade, amizade, parceria e cumplicidade de Alessandra Campêlo com o chefe do Estado, Wilson Lima não é de hoje. As articulações estão sendo feitas há muito tempo e a deputada desempenhou um papel de suma importância em defesa de Lima, participando de discussões calorosas em defesa do Governo do Amazonas dentro da ALE-AM.

Amigo antigo

Wilson Lima também pretende sair do seu atual partido (PSDC) e já começou as articulações para entrar no mesmo partido de Omar Aziz (PSD) com quem Alessandra Campelo (MDB) tem grande aproximação. Foi através das mãos do senador Omar Aziz que Alessandra assumiu o comando da Sejel onde permaneceu até abril de 2014. Logo após, foi eleita como deputada estadual.

Maus Caminhos

O nome da parlamentar apareceu no relatório da Polícia Federal na Operação Maus Caminhos que investiga o desvio de R$ 110 milhões da saúde. Segundo a PF, em setembro de 2015, o então secretário de Fazenda do Estado, Afonso Lobo, se hospedou por três dias em um hotel de luxo em Brasília com a deputada Alessandra Campêlo e a conta foi paga com dinheiro de corrupção.

Operação Sangria

Em outubro do ano passado, esta coluna revelou que o nome da deputada Alessandra Campêlo chamou atenção na decisão que deflagrou a 2ª fase da Operação Sangria no Amazonas. O Ministério Público Federal (MPF) levantou a suspeita “Por que depois de uma reunião com o alto escalão do governo, Alessandra assumiu a presidência do impeachment do governador? Por que ela votou a favor do arquivamento do processo? E ainda, por que após o arquivamento o primo dela, Marcellus Campêlo assumiu a secretaria de saúde do Estado?”.

Família Campêlo

Alessandra Campêlo indicou seu primo Marcellus Campêlo para assumir a SES-AM, na época, o mais novo secretário teve seu nome envolvido no processo de investigação pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) nas obras do Prosamim no igarapé da Sharp, Sesc, Bindá e São Sebastião e também no Ministério Público Estadual (MPE) em processo que investiga desvios de recursos públicos em obras de urbanização e saneamento.

Impeachment

A deputada sempre esteve presente, mesmo que não nos holofotes, de momentos importantes dentro da ALE. No processo de impeachment, a parlamentar conseguiu ser eleita presidente da Comissão Especial de Impeachment do governador Wilson Lima, com o voto dos deputados Adjuto Afonso, Berlamino Lins, Cabo Maciel, Carlinhos Bessa, Joana D’arc, Dr. Gomes, Roberto Cidade e Terezinha Ruiz. Não foi surpresa para muitos que a base governista conseguiu arquivar o processo que solicitava a cassação de Lima.