Manaus – Uma das maiores conquistas dos últimos anos é a transparência nos gastos públicos. Com a internet, ficou mais difícil aos gestores públicos tentar esconder como fazem uso do dinheiro que enchem os cofres dos municípios por meio de convênios e dos impostos pagos pela população. No entanto, vemos que a falta de transparência tem sido uma regra em grande parte dos municípios do interior do Amazonas. Este mal deve ser combatido com todas as forças.
Como morador do município de Iranduba, tenho dever de alertar a população quanto a necessidade de maior transparência com o uso do dinheiro. Em dezembro do ano passado, o Ministério Público de Contas (MPC) moveu um processo contra a Prefeitura de Iranduba para cobrar que esta cumpra a lei e passe a publicar na internet todas as informações do dinheiro que entra nos cofres do município e também a forma como este dinheiro está sendo gasto.
Não se trata de favor, é obrigação da administração municipal. Os portais de transparência devem ser atualizados em tempo real e com todas as informações quanto ao uso do dinheiro e contratos feitos pela prefeitura. Estas normas foram criadas para evitar desvios de dinheiro e atos de corrupção.
O ‘puxão de orelha’ do Ministério Público foi importante e serviu para que a Prefeitura de Iranduba corresse atrás do ‘prejuízo’. Se bem que, para um administrador que, realmente, se preocupa com a população, não é preciso ser alertado sobre suas obrigações. Esta cultura de sempre estar atrás do prejuízo deve ser quebrada em nome do bem social e do melhor servir a população.
Uma nova mentalidade e forma de governar deve surgir nas prefeituras do interior do Amazonas. Ainda mais se tratando de uma cidade da Região Metropolitana de Manaus, com grande potencial turístico e econômico como Iranduba. A prefeitura deve ser um exemplo de transparência, em especial, para atrair novos investimentos e movimentar a economia.
*Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTR)
