Manaus – Minha avó já dizia: “todos somos iguais, não porque recebemos tudo de forma igual, mas porque podemos igualmente tratar o mundo a nossa volta, para o bem ou para o mal”. A questão fica no ar. Como estamos tratando o nosso planeta? Quando a pauta é meio ambiente, os jornais nos inundam de notícias sobre desmatamento, queimadas, aquecimento global, entre outras coisas. Mas eu te pergunto leitor: realmente esses são os grandes agressores dos ecossistemas? A meu ver, temos um inimigo bem mais silencioso, um verdadeiro câncer social: o lixo.
Cada indivíduo pode, durante uma vida média de 70 anos, gerar o absurdo de 25 toneladas de lixo! A população mundial apenas aumenta e com isso cresce a quantidade de dejetos. Quando o lixo é biodegradável, como é o caso do papel ou de alimentos, o dano é pequeno e o problema maior está nos resíduos que a natureza rejeita, a exemplo dos plásticos. Segundo pesquisadores da Unifesp, o tempo de decomposição da garrafa PET é de no mínimo cem anos. Quem despeja um PET nas ruas, matas, rios e mares, morre antes dele ser absorvido pela natureza. Você já parou para pensar nisso?
É um problema do presente para o futuro. Muitas leis já existem sobre o assunto, porém, ainda faltam ações efetivas do governo e da sociedade para fazer do lixo uma prioridade a bem do meio ambiente, da saúde das pessoas e do bem-estar das próximas gerações.
*Deputado federal (PSL/AM) e delegado de Polícia Federal