Preço do combustível é o dilema

Conversarei com autoridades e especialistas do governo federal, estadual e das entidades privadas em busca de soluções para o enfrentamento a essa insanidade que virou o preço dos combustíveis

Manaus – Em outubro de 2008, andava em um carro popular pelas ruas da nossa metrópole manauara e lembro-me bem que o litro da gasolina custava R$ 2,50. Curioso, pois naquela época o preço internacional do barril de petróleo era cerca de US$ 110! Hoje, o barril de petróleo está pouco mais de US$ 55, porém, a gasolina tem como preço o dobro de 2008, chegando a custar R$5, por litro.

O que houve? Enlouquecemos?! Uma coisa está clara: nunca se pagou tantos impostos sobre os combustíveis como agora. Na média nacional do preço final da gasolina, 44% vai para o pagamento de tributos, sendo 29% para o tributo estadual ICMS e 15% para os impostos federais como Cide e PIS/Cofins.

Há cinco anos a tributação federal era a metade disso. Logo, não custava tão caro no posto de gasolina. Por sinal, os empresários do setor também tem que fazer a sua parte. O combate à sonegação e práticas que viciam o mercado estão comprometendo a livre iniciativa. É preciso garantir que qualquer redução de impostos, efetivamente seja uma redução no preço da bomba, o que muitas vezes não acontece.

Essa semana, conversarei com autoridades e especialistas de todos os setores do governo federal, estadual e das entidades privadas em busca de soluções para o enfrentamento a essa insanidade que virou o preço dos combustíveis. Minha percepção enquanto cidadão é novamente muito clara: só quem perde é o consumidor. E ninguém mais aguenta pagar por isso.

*Deputado federal (PSL/AM) e delegado de Polícia Federal

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