Na última semana um estudo que aponta o envelhecimento e a condição socioeconômica como os principais fatores de risco para a cegueira e a baixa visão foi divulgado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia. O levantamento revelou que pessoas de faixas etárias mais avançadas e com menor poder aquisitivo estão mais suscetíveis a esses problemas visuais no Brasil.
Swammy Mitozo, oftalmologista e oftalmogeriatra, aponta que segundo o estudo, as principais causas de cegueira ou baixa visão incluem catarata, erros refrativos não corrigidos, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade.
O documento, intitulado “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2023”, faz uma radiografia do segmento no país, tomando como base estimativas mundiais da prevalência de doenças oftalmológicas, somadas a dados demográficos e socioeconômicos do Brasil.
Para Swammy, o menor acesso à saúde pode prejudicar as pessoas, inclusive nos casos de cegueira que poderiam ser evitados. “Existem diversos obstáculos enfrentados por uma grande parte da população, como a falta de dinheiro que impede o acesso aos serviços médicos privados e faz com que as pessoas dependam da saúde pública, que muitas vezes demora, o atendimento”.
De acordo com o estudo, em relação à prevalência de cegueira e baixa visão na faixa etária mais avançada, as pessoas enfrentam maior incidência de patologias relacionadas ao envelhecimento, como catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade. Essas condições podem levar em casos extremos, à cegueira.
Por isso, o oftalmologista ressalta a importância de manter um acompanhamento médico regular e estar atento à saúde dos olhos. “Prevenção é fundamental para evitar diversas doenças e garantir que possamos continuar apreciando as maravilhas do mundo por meio da visão”, disse Swammy.
*Médico oftalmologista. Tem formação em Oftalmogeriatria, com especialização em Gerontologia e Saúde do Idoso. Atua como diretor geral na Policlínica Codajás, é coordenador do ambulatório de oftalmologia na FUnATI (Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade ) e cursa mestrado em Doenças Tropicais e Infecciosas pela Fundação de Medicina Tropical (UEA/FMT – HVD).