Quem nunca experimentou aquela sensação incômoda de ter a pálpebra tremer ou vibrar sem motivo aparente. Essa situação tem despertado a curiosidade e preocupação de muitas pessoas, levando médicos a investigarem qual a causa disso e como tratar
Conforme uma pesquisa publicada no Journal of Ophthalmology, uma das causas mais comuns para esse tremor palpebral é a fadiga ocular, muitas vezes relacionada ao uso excessivo de telas de computador e dispositivos móveis. A exposição prolongada pode causar uma série de desconfortos oculares, incluindo o tremor da pálpebra.
Para o médico Swammy Mitozo, oftalmologista, outro fator significativo associado ao tremor da pálpebra é o estresse. “Quanto maior o estresse…..”
Um estudo no Journal of Behavioral Medicine correlacionou níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, com espasmos musculares, incluindo os das pálpebras. Práticas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, podem ajudar a aliviar esse sintoma.
Além disso, Swammy informa que as deficiências nutricionais, especialmente a falta de magnésio, também podem causar tremores palpebrais, conforme indicado em um artigo do European Journal of Clinical Nutrition.
“As medidas para ajudar a diminuir os tremores são repouso, diminuição dos fatores estressores, diminuição da ingestão de álcool e cafeína. Uso de colírio lubrificante pode auxiliar”, ressaltou o oftalmologista.
Swammy acrescenta que o uso de alguns medicamentos podem desencadear essa reação.
“Os tremores também, mesmo que raramente, podem ser desencadeada por algumas medicações como topiramato. Outra situação que causam tremores pode ser alguma manifestação de doenças como esclerose múltipla”, explicou o médico.
É essencial prestar atenção a quaisquer sintomas persistentes. Por isso, procure oftalmologista para obter uma avaliação precisa e garantir a saúde dos seus olhos.
*Médico oftalmologista. Tem formação em Oftalmogeriatria, com especialização em Gerontologia e Saúde do Idoso. Atua como diretor clínico na Policlínica Codajás, é coordenador do ambulatório de oftalmologia na FUnATI (Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade ) e cursa mestrado em Doenças Tropicais e Infecciosas pela Fundação de Medicina Tropical (UEA/FMT – HVD)
