Após cirurgia para mandíbula, estudante de medicina vive em estado vegetativo

O pai da estudante contou que a cirurgia foi recomendado por dentistas devido a uma “mordida cruzada”

Minas Gerais – Uma estudante de medicina, 31, encontra-se em estado vegetativo há mais de um ano após uma cirurgia para correção da mandíbula. A mulher realizou a cirurgia em 16 de março de 2023 e desde então sua vida mudou.

(Foto: Reprodução)

De acordo com informações do site O Tempo, a cirurgia aconteceu na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A mulher foi identificada como Larissa. O pai dela informou que o procedimento foi recomendado por dentistas desde a infância devido a uma “mordida cruzada”.

“Morida cruzada” é um  problema em que a mandíbula se projeta além do maxilar superior. Ainda segundo as informações, após passar pela cirurgia, Larissa foi para o quarto de hospital e teve uma parada cardiorrespiratória quando chegou no local.

O pai da estudante disse que os profissionais chegaram em grande número, mas as respostas sobre o que tinha acontecido na cirurgia eram vagas e insatisfatórias.

Lesão grave no cérebro

Devidos os minutos que ficou sem sinais de vida, a estudante de medicina teve uma lesão corporal grave, deixando-a incapaz de se comunicar ou se mover. Emora às vezes pareça reagir a sons e chamados, a informação é de que mulher parece ausente.

A mãe de Larissa também contou que o problema na mandíbula da estudante começou afetou a alimentação da moça. Ela evitava carne porque seus dentes não conseguiam mastigar corretamente. Esteticamente, porém, isso não a incomodava.

A família acredita que Larissa possa ter sofrido uma reação pós-operatória. Conforme o site O Tempo, o registro da cirurgia não detalhou os passos do procedimento, e o termo de consentimento assinado por Larissa não alertou sobre os riscos da anestesia geral ou sobre a possibilidade de parada cardiorrespiratória com sequelas.

Versão do hospital

A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informou ao site O Tempo que a operação da mulher foi bem-sucedida e que o que aconteceu foi uma fatalidade. No entanto, quando os pais pediram acesso às imagens das câmeras de segurança, foram informados de que só seriam liberadas por meio de uma ação judicial.

Diante das dificuldades em obter respostas, a família denunciou o caso ao Ministério Público de Minas Gerais. Em setembro de 2023, o promotor Jorge Tobias de Souza determinou a abertura de investigação pela Polícia Civil e encaminhou o caso ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais.

 

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