Belo Horizonte – Depois de ser interditado por conta da tragédia que vitimou dez pessoas em 8 de janeiro, quando uma rocha desabou e atingiu embarcações no Lago de Furnas, em Minas Gerais, os passeios nos cânions têm seguido novos protocolos de segurança. Reabertos há dois meses após decreto publicado pela prefeitura em março, o destino é um entre os mais procurados da região, com a avaliação geológica diária das rochas e o uso obrigatório de equipamentos de segurança, entre outras medidas.
O lago artificial, que banha 34 cidades da região do sudoeste mineiro, é conhecido assim devido à sua extensão (1.440 km²). A embarcação passa por algumas das principais atrações, como a Usina Hidrelétrica de Furnas e a cachoeira Lagoa Azul, onde o uso do colete salva-vidas e do capacete é opcional. Nos trechos dos cânions, bem como para crianças de até 12 anos ou idosos em qualquer local do lago, torna-se obrigatório.
Ali, desde a reabertura, a entrada de embarcações é controlada e ocorre com fluxo reduzido. Nesses espaços, boias de demarcação amarelas delimitam o espaço onde as lanchas podem circular, a fim de que não haja qualquer risco para os viajantes e a tripulação.
Segundo proprietário de uma das empresas responsáveis por esses passeios, identificado como Marco Antônio o local passa por uma verificação por uma equipe geólogos que avalia e libera para que tenha visitação. Se não for liberado, como quando está chovendo, o local é interditado. O proprietário de uma das empresas responsáveis por esses passeios, que também cita o uso dos equipamentos de segurança e o termo de anuência com orientações sobre as regras de visitação, assinado pelos passageiros.
Para além dos protocolos previstos no decreto municipal, que possuem caráter temporário, a prefeitura planeja uma obra de contenção dos cinco pontos que possuem risco iminente de queda de rochas.
Novas medidas
O decreto da prefeitura de Capitólio definiu as seguintes medidas obrigatórias para a reabertura parcial do passeio nos cânions do Lago de Furnas:
– análise diária para avaliação geológica do atrativo;
– uso de capacete proteção e colete salva-vidas;
– apresentação do termo de anuência e aceite, assinado por todos os passageiros da embarcação, contendo orientações expressas sobre as novas regras de visitação;
– uso de capacete de proteção e colete salva-vidas em todo o circuito dos cânions;
– interrupção dos passeios em qualquer ponto dentro do cânion em caso de chuvas e/ou verificação de algum tipo de deslocamento ou movimentação de blocos rochosos ou de solo;
– delimitação de circuito das embarcações para que a visitação ocorra de forma rotativa
– proibição de circulação para além das boias de demarcação;
– proibida a navegação a três nós (velocidade);
– proibida a entrada de embarcações acima de 32 pés;
– horário de funcionamento das 9h às 16h de segunda a sexta-feira, e das 8h às 18h nos finais de semana e feriados.
Relembre o caso
A estrutura rochosa desabou na região dos cânions de Capitólio (a 293 km de Belo Horizonte) dia 8 de janeiro deste ano. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente teria relação com uma tromba d’água e que três lanchas teriam sido atingidas.