Bebê nasce em chão de hospital após mãe esperar uma hora por atendimento

O pai da criança relatou a falta de suporte do hospital; a Secretaria de Saúde afirma que o bebê não teve contato com o piso

Brasília- Uma mãe deu à luz no chão do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) na madrugada da última sexta-feira (1º). De acordo com o pai da criança, Rafael Lopes, sua esposa, Regina de Sousa Veloso, de 33 anos, esperou por mais de uma hora, com contrações constantes, e não foi atendida nem levada para uma sala de consultório. “Estamos completamente abalados e destruídos com a situação por que passamos”, contou o Lopes.

(Foto: Divulgação/ Secretária de Saúde)

Ao R7, ele relatou que a família chegou ao hospital por volta de 3h30, com a esposa sentindo muitas contrações. “A gente deu entrada, passou pela triagem, e fomos encaminhados para a pediatria. A médica fez o exame de toque e constatou que tinha apenas 3 centímetros dilatados. Pediu que a gente aguardasse na recepção e, se a minha esposa voltasse a sentir contrações próximas uma da outra, ou se a bolsa estourasse, era para a gente avisar”, contou.

Ainda segundo Lopes. às 6 da manhã Regina começou a ter contrações de dois em dois minutos, e ele buscou ajuda médica. “Avisei a enfermeira, e ela disse que ia procurar alguém, mas não voltou. Às 7h voltei a reclamar com o pessoal, porque ela estava sentindo muitas contrações e não conseguia nem ficar em pé. Ela estava sentindo que o neném estava nascendo”, diz.

Nesse momento, Lopes levou a esposa para o banheiro, mas ela não conseguiu mais se levantar do vaso sanitário. “O neném parou de mexer e eu corri, desesperado, implorando socorro. Tive medo de perder a minha mulher ou o meu filho”, afirmou. Foi quando os residentes do hospital  ajudaram o casal. “Ela estava sangrando muito e, mal chegou na sala, caiu e não conseguiu mais levantar. Meu filho nasceu às 7h56, enrolado no cordão umbilical e no chão”, contou.

‘Sem contato com o chão’

Questionada sobre o episódio, a Secretaria de Saúde disse que, “em função do avanço do trabalho de parto, por questões de segurança, optou-se pelo parto no chão”. A pasta acrescentou que “o bebê foi recepcionado pela médica e não teve contato com o chão”.