Brasil registra ao menos 6 tragédias ou incidentes com aviões em uma semana

Além do desastre da Voepass, que matou 62, aeronaves caíram em MT e RJ, e pneus de jatos estouraram

São Paulo – O Brasil registrou ao menos seis acidentes ou incidentes com aviões no intervalo de uma semana. A principal foi a tragédia com o ATR-72 da Voepass, em Vinhedo (SP), que deixou 62 mortos, mas também houve quedas de aeronaves menores no Rio de Janeiro e em Mato Grosso, além de incidentes com jatos em Viracopos, em Campinas, e em Florianópolis.

(Foto: Reprodução / Record)

Para finalizar, um avião da Voepass que partiu de Goiás com destino a São Paulo precisou fazer um pouso não planejado em Uberlândia por problemas técnicos.

Embora três dos seis episódios não tenham deixado feridos, o pouso forçado de um avião de pequeno porte na Baixada Fluminense provocou escoriações no piloto. Já as quedas de duas aeronaves — o da Voepass no interior paulista e outra de pequeno porte em Mato Grosso — provocaram 67 óbitos.

Catástrofe da Voepass

Sexto acidente mais mortal da aviação brasileira, o voo 2283 que partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP) na sexta-feira (9) caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo. As 62 pessoas a bordo, incluindo quatro tripulantes, morreram em decorrência de politraumatismo e da explosão e do incêndio que atingiu a aeronave.

A aeronave caiu no jardim de uma casa em um condomínio fechado. Nenhuma pessoa foi atingida em solo. Especialistas acreditam que o mau tempo pode ter contribuído para o acúmulo de gelo nas asas. Pilotos que sobrevoaram São Paulo na última sexta confirmaram uma condição atmosférica fora do normal.

Todos os corpos já foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML).

Cinco mortos em monomotor em MT

Um monomotor caiu na área rural do município de Apiacás (MT), a cerca de 1.000 km da capital do estado, Cuiabá. A aeronave transportava o empresário Arni Alberto, de 70 anos, dois netos, um funcionário e o piloto.

As vítimas estavam na região para pescar e se hospedavam numa pousada. O avião estava com a documentação regularizada e tinha capacidade para sete passageiros.

Segundo informações, o avião apresentou uma pane no ar e explodiu, caindo em uma fazenda sete minutos após a decolagem. Ninguém sobreviveu. O Cenipa já foi acionado e investiga a queda.

Pouso forçado no Rio

Um avião monomotor fez um pouso forçado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (16). A aeronave era utilizada para propaganda.

O piloto estava sozinho e sofreu ferimentos leves. Imagens mostram a queda e também a saída do homem de dentro da aeronave. Ainda não informações sobre a causa do acidente.

Pneu estoura na decolagem

Um avião cargueiro precisou fazer um pouso de emergência na última segunda-feira (12) no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). Segundo a concessionária, um pneu do Boeing 737 estourou durante a decolagem por volta de meio-dia.

O avião voou na região por 2 horas para queimar combustível. Uma hora depois, o piloto declarou emergência, e o pouso foi autorizado. Ao tocar o solo, um segundo pneu estourou e o trem de pouso foi danificado.

Bombeiros e ambulâncias já aguardavam na pista, mas não houve feridos. O aeroporto foi fechado, e os voos foram direcionados para outros locais.

Aeroporto de Florianópolis fechado

O Aeroporto Internacional de Florianópolis (SC) foi fechado para pousos e decolagens na manhã de segunda-feira (12). Uma aeronave da companhia aérea Azul sofreu danos nos pneus durante o pouso, o que atrapalhou a retirada dela do local.

Dezenas de voos foram cancelados devido à interdição da pista. Apesar do problema, ninguém se feriu e todos os passageiros desembarcaram em segurança

Voo desviado para Uberlândia (MG)

Para completar, outro incidente com um avião da Voepass chamou a atenção na noite de quinta-feira (15). Um voo que pariu de Rio Verde (GO) com 38 passageiros fez um pouso de emergência no aeroporto de Uberlândia, em Minas Gerais.

A aeronave tinha como destino Guarulhos (SP) e enfrentou um atraso de 7 horas na decolagem, que só ocorreu às 18h30. Meia hora depois do embarque, porém, a aeronave apresentou algum problema e todas as luzes se apagaram. Os passageiros não receberam informações sobre o ocorrido.

Um novo avião foi enviado para transportar os passageiros restantes às 22h até o destino. Alguns optaram por retornar para casa utilizando outros meios.

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