Caminhoneiros protestam em rodovias do Brasil

Um grupo de manifestantes que não aceitam o resultado das eleições e fecharam parte da pista para protestar

Brasília – Caminhoneiros manifestantes paralisaram, nesta terça-feira (1º), trechos de rodovias principais do Brasil. Foi registrado protestos na Rodovia 174 no Amazonas. Em São Paulo, há bloqueio na marginal Tietê, na rodovia Régis Bittencourt e na rodovia Presidente Dutra, no acesso para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na altura do quilômetro 219, na cidade da região metropolitana de São Paulo.

(Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)

Um grupo de manifestantes que não aceitam o resultado das eleições do domingo (30) fecharam parte da pista para protestar. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), verifica o acesso para a Avenida Monteiro Lobato está tomado por cerca de 50 manifestantes que bloqueiam totalmente a rodovia nos dois sentidos desde às 20h18 da segunda-feira.

Durante a madrugada a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou e confirmou decisão proferida na noite de ontem (31), pelo ministro Alexandre de Moraes, determinando a liberação de rodovias federais bloqueadas após o resultado das eleições ocorridas no domingo (30).

Moraes também determinou multa de R$ 100 mil por hora, em caráter pessoal, ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, “em face da apontada OMISSÃO e INÉRCIA” do órgão em desobstruir as rodovias bloqueadas.

O ministro apresenta links para vídeos publicados em redes sociais e cita registros de “possível passividade de agentes da Polícia Rodoviária Federal em face de manifestações interruptivas de vias públicas federais”.

Moraes afirmou que as manifestações “são motivadas por pretensões antidemocráticas qual seja, um protesto contra a eleição regular e legítima de um novo Presidente da República, em 30 de outubro de 2022, inclusive com pretensão impeditiva de posse por meio de atos ilegítimos e violentos como seria uma absolutamente impensável intervenção militar”.

Os manifestantes, incluindo caminhoneiros, apoiam o presidente Jair Bolsonaro, que no último domingo perdeu a corrida ao Palácio do Planalto para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela decisão de hoje, o plenário do Supremo ressalvou que nas ações de liberação sejam resguardadas a segurança do entorno, incluindo de pedestres, motoristas e manifestantes, com destaque para mulheres e crianças.