Casal é vítima de homofobia em padaria: ‘Acha que pode tudo porque dá o c*’

Vídeos registrados por uma das vítimas mostram quando a mulher parte para cima  do casal

São Paulo- O assessor de imprensa Rafael Gonzaga, 32, e o engenheiro civil Adrian Grasson, 32, foram agredidos por uma mulher e alvo de xingamentos homofóbicos na madrugada do último sábado (3), em uma padaria no bairro Santa Cecília, em São Paulo. As informações são do site metrópoles.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Vídeos registrados por uma das vítimas mostram quando a mulher parte para cima  do casal com empurrões. O assessor de imprensa, Rafael Gonzaga ficou com o nariz sangrando.

“Ela foi pra cima do meu namorado, arranhou o rosto dele, e eu e outras pessoas entramos no meio. Depois, puxaram ela pra longe. Eu senti o impacto no rosto e, quando me afastei, senti o sangue”, relatou Rafael.

A mulher também tentou agredir outras pessoas que estavam no local.

Além das agressões físicas, a suspeita proferiu falas homofóbicas contra o casal. “Só que eles acham que são viados e podem fazer o que eles querem, até onde a gente está… de boa. E está achando que pode fazer o que quer, porque dá o c*. E os valores estão sendo invertidos, tá?! Tá bom?! Eu sou de família tradicional, tenho educação. Diferente dessa porra aí”, afirmou.

Em outro momento, ela disse que é “branca”, afirmou que é “mais macho” que Adrian e o chamou de “lixo”. “Você nasceu homem”, enfatizou.

O casal registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi) na última segunda-feira (5). Em depoimento, eles afirmaram que a  mulher começou a ofendê-los no estacionamento da padaria, quando o casal ocupou uma vaga que ela estava antes.

A mulher teria empurrado o retrovisor do carro das vítimas e dito: “É só você fechar essa merda que consegue estacionar”. Em seguida, ela gritou: “Esses viados do caralho, só porque dá o c*, quer estar onde a gente está”, afirmou as vítimas em depoimento.

Veja vídeos:

 

As vítimas relataram ainda que depois das agressões,  a mulher disse  que teria “uma arma no carro” e iria buscá-la para “resolver essa situação”.

Rafael comentou no Instagram, que “passar pela situação de ser agredido e ofendido aos gritos publicamente em função da orientação sexual é algo repulsivo, primitivo, desumano”.

“Estamos seguindo os trâmites legais para que essa mulher pague no rigor da lei pelo crime de homofobia. Já transformamos a notificação feita pela PM (que se recusou a dar o flagrante) em boletim de ocorrência”, afirmou.

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Mulher é intimada a prestar depoimento

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo comunicou  que a mulher que agrediu e xingou um casal gay em uma padaria, foi identificada e intimada a prestar depoimento. Os policiais militares que atenderam a ocorrência também serão ouvidos.

O caso segue sendo investigado pela polícia.