São Paulo – Uma operação deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo, nesta quinta-feira (16), visa prender policiais militares suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa. Entre os investigados, está um policial da ativa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach, em novembro do ano passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

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A operação, que conta com 15 mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, está sendo realizada na capital paulista e na Grande São Paulo.
A investigação apurou que policiais militares estavam prestando escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal, caracterizando uma possível ligação com o PCC, conforme previsto pela Lei Federal nº 12.850/13, que define organização criminosa.
Além dos PMs envolvidos na escolta de Gritzbach, um policial atirador também está entre os alvos da Operação Prodotes. A investigação teve início em março de 2024, após uma denúncia anônima que indicava vazamentos de informações sigilosas por parte de policiais militares, favorecendo criminosos ligados a facção.
A apuração, que evoluiu para um Inquérito Policial Militar instaurado em outubro do mesmo ano, revelou que policiais da ativa, da reserva e ex-integrantes da corporação vazavam informações estratégicas para a facção, permitindo que seus membros escapassem de prisões e prejuízos financeiros.
Entre os beneficiados pelos vazamentos estavam líderes da facção, como Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta”, e Silvio Luiz Ferreira, conhecido como “Cebola”, além de outros membros procurados ou já falecidos.
A operação conta com a colaboração da força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que busca identificar outros envolvidos e possíveis mandantes dos crimes.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Polícia Militar reiterou seu compromisso com a ética e a legalidade, destacando que combate qualquer desvio de conduta que prejudique a confiança da sociedade.
Caso Gritzbach
Vinícius Gritzbach, 38, foi executado no dia 8 de novembro de 2024, em um atentado na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele foi morto com 29 tiros de fuzil na frente de sua namorada e de diversas testemunhas, em um crime que chocou a região.