Brasília – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), saiu da prisão em setembro do ano passado, após fechar acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). O depoimento dele serviu de base para a operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro deste ano. Mas, nas últimas semanas, as investigações trouxeram novos detalhes que precisam ser abordados pelo delator. Mauro Cid prestará novos esclarecimentos em depoimento à PF nesta segunda-feira (11).

(Foto: Lula Marques / Agência Brasil)
O novo depoimento de Mauro Cid ocorre depois de a Polícia Federal ouvir os ex-comandantes do Exército, o general Freire Gomes; e da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior. Um dos pontos que Mauro Cid deverá esclarecer aos policiais nesta segunda-feira diz respeito justamente ao depoimento do general.
O militar foi ouvido por quase oito horas no dia 1º de março na sede da PF em Brasília. Freire Gomes disse à PF que Bolsonaro não só sabia da “minuta do golpe” como lhe apresentou o documento pessoalmente, e disse que o plano da minuta seria implementado. Bolsonaro nega envolvimento com a preparação do documento.