São Paulo- O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) divulgou uma nota neste domingo (27) após a morte de um torcedor do Cruzeiro decorrente de um ataque da torcida organizada do Palmeiras. “Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade”, afirmou o órgão em nota.
Na madrugada deste domingo (27), José Victor dos Santos Miranda, de 30 anos, natural de Sete Lagoas (MG), foi morto em uma emboscada na rodovia Fernão Dias, próximo a Mairiporã, município da Grande São Paulo. Segundo a Polícia Civil, 12 torcedores ficaram feridos após serem agredidos, e a família de Miranda, que ainda busca entender o ocorrido, foi até a cidade para os trâmites legais.
O Ministério Público de Minas Gerais, representado pelo procurador-geral Jarbas Soares Junior, foi informado e ofereceu apoio às vítimas e seus familiares, reforçando o compromisso do MPSP em responsabilizar quem age fora da lei.
Leia a nota do Ministério Público de SP na íntegra:
“É em nome do princípio da transparência que o MPSP realça o seu firme compromisso de oferecer a resposta adequada às cenas de selvageria registradas na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, por volta das 5h30 deste domingo (27/10). O enfrentamento de grupos formados por pretensos torcedores da Sociedade Esportiva Palmeiras e do Cruzeiro Esporte Clube resultou, infelizmente, em um saldo trágico, deixando diversos feridos e um morto. Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade. Por isso, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinou que, para além do promotor Fernando Pinho Chiozzotto, de Mairiporã, que acompanhará as investigações da Polícia Civil, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) entre no caso. Há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas, o que justifica a intervenção do GAECO. Vale ressaltar que o Ministério Público de Minas Gerais, contatado na pessoa de seu eminente procurador-geral, Jarbas Soares Junior, foi cientificado das providências do MPSP, que se colocou à disposição das vítimas e de seus familiares para qualquer medida que seja necessária. Que fique claro: quem age ao arrepio da lei deve responder por seus atos. E a sociedade brasileira pode continuar a contar com o MPSP para que isso aconteça.”