Morre prefeito de Goiânia, Maguito Vilela, por complicações da Covid-19

Político exerceu cargos desde 1976, tendo sido governador de Goiás. Estava no MDB desde 1979 e foi ligado ao futebol

São Paulo – Prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela morreu, nesta quarta-feira (13), por complicações de covid-19, aos 71 anos, após uma vida dedicada à política. Ele venceu as eleições mesmo afastado da campanha eleitoral por mais de um mês, internado em estado grave no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O candidato chegou a contar com um aparelho que funciona como pulmão artificial para conseguir respirar.

(Foto: Agência Senado)

A unidade de saúde emitiu nota de falecimento à imprensa no início da manhã desta quarta. “O Hospital Israelita Albert Einstein comunica, com pesar, o falecimento do senhor Luís Alberto Maguito Vilela, às 04h10 desta quarta-feira. Maguito Vilela encontrava-se internado desde o dia 27 de outubro para tratamento da Covid-19”, diz o comunicado, assinado pelos pneumologistas Marcelo Rabahi e Carmen Barbas, além do Diretor Médico e de Serviços Hospitalares do hospital, Miguel Cendoroglo.

Luís Alberto Maguito Vilela nasceu em Jataí, no sudoeste de Goiás, onde passou seus primeiros anos. Na juventude, formou-se em direito na Faculdade de Direito de Anápolis, em 1974. E pouco tempo depois já conquistou seu primeiro cargo político, o de vereador na cidade natal, Jataí, pelo partido Arena, que apoiava o governo militar.

Em 1979, com a reformulação partidária, transferiu-se para o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), atual MDB, partido ao qual ainda era afiliado.

Em 1983, tornou-se deputado estadual e chegou a ocupar cargo de líder do governo na Assembleia goiana. Na eleição de 1986 galgou mais um degrau e virou deputado federal. No ano seguinte, integrou a Assembleia Nacional Constituinte. Participou como membro da Subcomissão dos Direitos e Garantias Individuais, entre outras.

Alguns de seus votos foram: a favor da legalização do jogo do bicho, da proteção do emprego contra demissões sem justa causa e do turno ininterrupto de seis horas; contra a pena de morte.

Virou vice-governador na chapa encabeçada por Íris Resende – seu padrinho político – no início dos anos 90. Em 1995, tomou posse como governador de Goiás. Uma das medidas de destaque do governo foi a criação do Programa de Apoio às Famílias Carentes, que fazia a distribuição de cestas básicas. Enfrentou uma briga judicial após se recusar a pagar vencimentos e pensões vitalícias de ex-governadores, às quais considerava injustas.

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