Mulher sofre queimaduras de 2º e 3º grau após aplicação de peeling de fenol

O caso aconteceu em Curitiba após a mulher se submeter ao procedimento

Paraná –  A Polícia Civil do Paraná investiga o caso de uma mulher de 64 anos que sofreu queimaduras de 2º e 3º grau após aplicação de peeling de fenol. O caso aconteceu em Curitiba após a mulher se submeter ao procedimento em uma clínica de estética no dia 25 de maio.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo informações, a mulher começou a se sentir mal e 11 dias depois da aplicação teve de ser hospitalizada. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela polícia.

De acordo com o delegada, Aline Manzatto, a mulher precisou se submeter a uma cirurgia para recuperar a pele. Ainda conforme a delegada, a pessoa que aplicou o produto recebeu questionamentos da vítima e da família, mas não os levou a sério.

“A profissional teria afirmado que as dores eram normais e apenas recomendou a aplicação de uma pomada no rosto”, disse a delegada.

A mulher que aplicou o produto é investigada por lesão corporal, exercício ilegal da medicina e uso de produto falsificado.

Peeling de fenol

A morte de um jovem de 27 anos, em São Paulo, decorrente de complicações geradas por um peeling de fenol levantou o debate acerca do procedimento. O rapaz fez o procedimento em uma clínica estética, onde a dona do local não tinha especialidade ou autorização para fazer o procedimento. A polícia investiga o caso como homicídio. A clínica foi interditada e multada.

O peeling de fenol é um procedimento autorizado no país. É indicado para tratar envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A técnica, executada de forma correta e seguindo as orientações, traz resultados na produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas, conforme a entidade.

A sociedade médica considera o procedimento invasivo e agressivo, por isso a realização em toda a face demanda extrema cautela. “É importante ressaltar que o procedimento apresenta riscos e tempo de recuperação prolongado, exigindo afastamento das atividades habituais por um período estendido”, informa.

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