PF e MP miram ‘fintechs’ usadas para lavar dinheiro do PCC

Investigação se iniciou a partir da colaboração premiada de Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC e morto em 2024

São Paulo – A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) realizam, nesta terça-feira (25), uma operação em conjunto que visa combater a lavagem de dinheiro feita por meio de fintechs associadas a uma facção criminosa. Um dos alvos é o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

(Foto: Divulgação PF)

De acordo com a PF, a investigação se iniciou a partir da colaboração premiada de Antônio Vinicius Gritzbach, que era delator do PCC e foi executado com tiros de fuzil no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto de Guarulhos (SP).

Na delação, o empresário revelou o uso dessas instituições de tecnologia para o branqueamento de bens e valores provenientes de atividades ilícitas. Segundo a corporação, as empresas ofereciam serviços financeiros alternativos às instituições bancárias tradicionais e empregavam estratégias complexas de engenharia financeira para ocultar os verdadeiros beneficiários dos recursos movimentados.

Durante a operação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva na capital paulista e 10 mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo. Além disso, a Justiça determinou ainda o bloqueio de valores de oito contas bancárias e a suspensão temporária das atividades das fintechs envolvidas.