Rio Grande do Sul – A delegada responsável pela investigação do caso de envenenamento com arsênio em uma família que estava celebrando uma confraternização em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, revelou em uma coletiva de imprensa que há “fortes indícios” de que a suspeita tenha cometido outros envenenamentos contra pessoas próximas.
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“Não há dúvida de que ela praticava homicídios em série. Ela conseguiu passar despercebida por um longo tempo e sempre apagava as evidências que poderiam levá-la até o crime”, afirmou a delegada Sabrina Deffente.
A principal suspeita é Deise Moura dos Anjos, que está detida. A delegada explicou que Deise iniciou os envenenamentos com a morte do sogro, em setembro de 2024.
“Após essa morte, também por envenenamento com arsênio, ela tentou de diversas maneiras realizar a cremação do corpo, mas não conseguiu. Em seguida, inventou outras histórias para tentar esconder a verdadeira causa da morte. Toda a investigação nos pegou de surpresa”, acrescentou.
Sabrina Deffente também destacou o comportamento manipulador de Deise: “Ela era tão dissimulada que, mesmo tendo uma relação ruim com a família do marido, logo após adquirir o arsênio, ela dizia sentir falta da sogra e expressava o desejo de vê-la e passar um tempo com ela”, revelou.
O delegado Marcos Veloso, por sua vez, comentou sobre a postura tranquila da suspeita: “Ela tem uma atitude fria, sempre com uma resposta pronta e muito calma. Não raramente, as conversas entre a delegada e a investigada eram extremamente tranquilas, quase como uma conversa comum”, afirmou.
