Rio de Janeiro – Eduardo da Silva Noronha, 25, conversava com a menina de 12 anos que ele levou do Rio de Janeiro até São Luís, no Maranhão, há cerca de dois anos pela rede social do TikTok. Ela estava desaparecida e era procurada desde 6 de março. A vítima só foi encontrada na terça-feira (14) trancada em uma quitinete em São Luís.

Suspeito de levar menina do RJ ao MA conversava com ela pelo TikTok há dois anos (Foto: Reprodução – Redes Sociais)
De acordo com o delegado Marconi Matos, da Superintendência de Homicídios, em São Luís, a polícia encontrou no bate-papo doTikTok todo o histórico de dois anos de mensagens entre Eduardo e a vítima. O delegado ainda alertou para se ter um certo cuidado dos responsáveis de crianças para saberem o que eles estão fazendo na internet.
Ainda segundo a polícia, o homem teria ido ao Rio de Janeiro buscar a menina. No dia do desaparecimento, a vítima teria ido à escola, mas não chegou a entrar. Desde então, era procurada pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros do Rio de Janeiro. A menina viajou pelo menos dois dias dentro de um carro de aplicativo, numa corrida que custou R$ 4 mil, até São Luís. A polícia ainda investiga se a viagem e o motorista de APP.
Já em São Luís, ao ser levada para uma loja para comprar roupas, a menina conseguiu um wi-fi para entrar em sua conta do Instagram e pedir ajuda para irmã. A partir do levantamento de dados de inteligência, com apoio da Polícia Civil do Maranhão, foi constatado que a menina teria sido levada para o município de São Luís.
Agentes da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa do Maranhão foram até o local e encontraram a menina vivendo isolada numa kitnet. O homem suspeito foi preso e levado para prestar depoimento na sede da Superintendência. Em depoimento logo após ser preso, Eduardo da Silva confessou que beijou a menina “algumas vezes”, mas negou que manteve relações sexuais.
Porrém, de acordo com a legislação brasileira, a prática de ato libidinoso com menor de 14 anos já configura estupro, independentemente de haver relação sexual. A investigação da polícia ainda continua para saber se houve ou não relação sexual.
Os crimes cometidos por Eduardo serão apurados pelas polícias do Rio de Janeiro e do Maranhão. Entre os delitos apontados na investigação estão falsidade ideológica, sequestro e cárcere privado.