VÍDEOS: câmeras corporais de PMs revelam momento da morte de estudante

Primeiro o estudante deu um tapa no retrovisor da viatura, depois ele foi encurralado pelos PMs

São Paulo – Os vídeos das câmeras corporais dos policiais militares envolvidos na morte de Marco Aurélio Cárdenas, um estudante de 22 anos, foram revelados à família nesta sexta-feira (10). O incidente fatal ocorreu em 20 de novembro de 2024, em um hotel localizado na Vila Mariana, em São Paulo.

(Foto: Reprodução)

O material das câmeras corporais foi adquirido pelo Metrópoles, que divulgou os detalhes das imagens. O primeiro vídeo mostra o soldado da PM, Guilherme Augusto, saindo da viatura após Marco Aurélio dar um tapa no retrovisor do veículo policial.

Após ser perseguido, o jovem entra em um hotel, onde é encurralado. As imagens mostram o momento em que Marco tenta segurar a perna do policial e é atingido por um disparo.

No segundo vídeo, é possível ver a visão do soldado Prado, que estava dirigindo a viatura. Prado estaciona o veículo, entra no hotel e, pouco tempo depois, ouve-se o som do disparo.

Em seguida, ele pede apoio e solicita uma equipe de resgate. No entanto, o jovem não sobreviveu aos ferimentos.

Um relatório da investigação concluiu que Marco Aurélio foi cercado pelos policiais antes de ser atingido pelos disparos. De acordo com o documento, as últimas palavras do estudante foram: “Tira a mão de mim”.

A família exige justiça e a responsabilização dos envolvidos no caso, que tem gerado grande repercussão.

Relembre o caso

No dia 20 de novembro de 2024, o estudante de medicina foi morto com um tiro à queima-roupa durante uma abordagem policial, na escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. O incidente foi registrado por uma câmera de segurança por volta das 2h50.

Os policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado estavam patrulhando a área quando começaram a perseguir Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, após ele supostamente dar um tapa no retrovisor da viatura e fugir.

O jovem estava cursando medicina na Universidade Anhembi Morumbi. Segundo o boletim de ocorrência, ele correu para o interior do Hotel Flor da Vila Mariana, onde estava hospedado com uma mulher. Após um confronto com os policiais, ele foi baleado.