Manaus – Um avião C-130 Hércules com mais cinco tanques de oxigênio líquido, o que corresponde a cerca de 11 mil quilos, decolou de Guarulhos, em São Paulo, às 22h30 desta sexta-feira (15) e pousou na Base Aérea de Manaus às 4h10 da madrugada deste sábado (16).
Uma segunda aeronave do mesmo modelo transportou oito tanques de oxigênio líquido. Ela decolou de Guarulhos às 3h35 da madrugada e chegou em Manaus nesta manhã. No total, a FAB entregou 13 tanques do produto.
Já o avião da Azul, que estava no Recife e iria buscar vacinas na Índia, seguiu para Campinas, no interior de São Paulo, para buscar cilindros de oxigênio e levar para Manaus ainda neste sábado.

No total, a FAB entregou, neste sábado (16), 13 tanques do oxigênio (Foto: Divulgação / FAB)
A FAB (Força Aérea Brasileira) presta apoio no transporte logístico para tentar minimizar os impactos no sistema de saúde da capital amazonense. As ações são realizadas em coordenação com o Ministério da Defesa.
A força-tarefa montada pelo governo estadual e Ministério da Saúde para transportar oxigênio para o Amazonas envolve uma série de protocolos para a segurança dos profissionais envolvidos na operação. Sem ligação terrestre trafegável com o restante do País, a alternativa mais ágil é o transporte aéreo. Mas caso um único cilindro se rompa dentro de uma aeronave, o poder de destruição é similar ao de um míssil.
Em um reservatório chamado de ‘bala’, por exemplo, a pressão é de 200 bar. É como abastecer com 200 litros em um reservatório onde cabe apenas um litro. Além disso, os cilindros precisam ser transportados na vertical. Caso contrário, o oxigênio se movimenta em direção ao local de saída do gás e o perigo de rompimento também é altíssimo.
“O nosso grande problema hoje é a falta de oxigênio. E o grande problema é fazer com que esse oxigênio chegue ao Estado do Amazonas. A maneira mais rápida de chegar aqui é de avião. Mas as únicas aeronaves que podem fazer isso são da Força Aérea Brasileira. E mesmo assim, ainda trazem uma quantidade pouca em razão da alta complexidade e do risco que é esse produto”, disse o governador.
Amazonas já requisitou dez mil unidades de cilindros de oxigênio e trabalha na remoção de pacientes para outros estados. Ele disse também que já foram solicitadas 10 miniusinas, que serão instaladas nas unidades de saúde.