Manaus – A ação “Combustível a Preço Justo”, mostrou para taxistas manauaras na manhã desta quinta-feira (4), a economia caso o preço da gasolina custasse R$3,50. Cem motoristas foram contemplados pelo Sindicato dos Petroleiros Do Amazonas (Sindipetro-Am), em um posto de combustível na avenida Cosme Ferreria, próximo a bola do Coroado, zona leste de Manaus.
Segundo o Marcos Ribeiro, coordenador geral da Sindipetro-AM, a ação é debater com a população sobre o preço de paridade internacional (PPI), imposta pela atual política de preços imposta pelo Governo Federal, que obriga a população de todo o País, a pagar em dólar o combustível produzido em terras brasileiras, causando aumento do preço da gasolina.
- Motoristas em manifestação em posto na avenida Cosme Ferreria (Foto: Natasha Pinto)
- Motorista contemplado com o bilhete (Foto: Natasha Pinto)
- Marcos Ribeiro, coordenador geral da Sindipetro-AM (Foto: Renê Silva)
- Manifestação dos motoristas (Foto: Renê Silva)
“A política de preços está baseada no mercado internacional e para gente é um absurdo. O que precisa ser feito para reduzir o preço do combustível é a Petrobras mudar essa política de preço. Fizemos um estudo que matem o preço em R$3,50, mantendo o lucro da Petrobras, das refinarias e também dos donos de combustíveis”, disse.
O taxista Francisco Souza também concorda com a ação e não acha justo pagarmos na moeda estrangeira, que está custando R$ 5,53, pelo combustível produzido no país. “Esperamos que essa política mude, porque somos auto-suficientes no combustível, e por qual motivo temos que pagar o preço em dólar?”, completou.
Os taxistas nesta manhã, conseguiram abastecer 20 litros de gasolina tipo comum por R$70. Caso fosse no preço atual, o valor final saltaria para R$105,80, uma economia de R$35. O coordenador geral da Sindipetro-AM também revelou que as refinarias, não estão funcionando com a capacidade total.
Preço atual de 20 litros (Foto: Renê Silva/GDC)
“Nós temos a capacidade de produzir, basta a Petrobras e o Governo Federal quererem que as refinarias voltem a operar em 100% da capacidade, estamos com apenas a metade. Assim teria mais produto nacional circulando e em conseqüência, o preço do combustível cairia”, explicou Marcos.