Manaus – Pelo menos 265 mil pessoas em idade de trabalhar estavam desocupadas no Amazonas no mês de julho. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio da Covid-19 (PNAD COVID19) divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio da Covid-19 (PNAD COVID19)
A pesquisa abrange que, entre a população amazonense de aproximadamente 4 milhões de pessoas, 2,98 milhões estão em idade de trabalhar (acima de 14 anos) e destas, 1,56 milhão estão aptas a trabalhar. Deste total, 1,29 milhão são pessoas ocupadas e 265 mil desocupadas. Os dados apontam uma tendência de diminuição do número de pessoas ocupadas e aumento significativo de pessoas desocupadas.
O levantamento mensal aponta que, em comparação a maio, houve aumento de 86 mil pessoas desocupadas em julho. Ainda conforme a pesquisa, a taxa de desocupação em julho cresceu 2,1 pontos percentuais em relação a junho e 5 pontos percentuais em relação a maio. Desta forma, o Amazonas é o estado com a maior taxa de desocupação do Brasil, com taxa de 17,0% em julho.
Durante a pandemia, o número de pessoas aptas ao trabalho que estavam desocupadas mas que gostariam de trabalhar era de 2,27 milhões. A pesquisa ainda mostrou queda no número de pessoas desocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de emprego na localidade, com um comparativo de 484 mil em julho com relação a 560 mil registrados em maio. Aproximadamente 62,6% de domicílios no Amazonas receberam o auxílio emergencial.
Os dados também mostram que 72% do total de pessoas afastadas do trabalho (131 mil) estavam afastadas devido ao distanciamento social, sendo que 84 mil pessoas afastadas do trabalho deixaram de receber remuneração na semana de referência da pesquisa. Das pessoas ocupadas, 50,4% (652 mil) estão na informalidade.