Amazonas tem quinta pior renda mensal entre Estados

Média domiciliar per capita mensal do Estado é inferior ao salário-mínimo de 2019, de R$ 998, do mínimo atual de R$ 1.039 e bem menor que a média nacional, de R$ 1.438,67

Manaus – O Amazonas tinha a quinta menor renda mensal domiciliar per capta do País, no valor de R$ 842,08, no trimestre até janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor é inferior ao salário-mínimo do ano passado, de R$ 998, do mínimo atual de R$ 1.039 e bem menor que a per capta domiciliar média nacional, de R$ 1.438,67.

Os rendimentos domiciliares são obtidos pela soma dos rendimentos do trabalho e de outras fontes recebidas por cada morador no mês de referência da pesquisa. O rendimento domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares, em termos nominais, pelo total dos moradores.

O rendimento médio per capita do Amazonas é de R$ 826,81 (Foto: Alex Pazuello/Semcom/Divulgação)

Abaixo do Amazonas estão apenas Piauí (R$ 826,81), Pará (R$ 806,76), Alagoas (R$ 730,86) e Maranhão (R$ 635,59). As cinco maiores rendas per capta domiciliar mensal do País têm a liderança do Distrito Federal (R$ 2.685,76), seguido de São Paulo (R$ 1.945,73), Rio de Janeiro (R$ 1.881,57), Rio Grande do Sul (R$ 1.842,98) e Santa Catarina (R$ 1.769,45).

As informações são enviadas pelo instituto ao Tribunal de Contas da União (TCU), como forma de atender à Lei Complementar 143/2013, que estabelece os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).

A Pnad Contínua é uma pesquisa domiciliar trimestral que capta informações socioeconômicas e demográficas em cerca de 211 mil domicílios, em mais de 3,5 mil municípios do País.

A pesquisa abrange todo o Brasil, exceto áreas especiais como aldeias indígenas, quartéis, bases militares, alojamentos, acampamentos, embarcações, barcos, navios, penitenciárias, colônias penais, presídios, cadeias, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e agrovilas de projetos de assentamentos rurais ou setores censitários localizados em terras indígenas. As embaixadas, consulados e representações do Brasil no exterior também não são abrangidos pela pesquisa.

A Pnad Contínua tem como população-alvo os moradores em domicílios particulares permanentes. Não são investigados os moradores em domicílios particulares improvisados, isto é, aqueles que residem em edificações sem dependências destinadas exclusivamente à moradia ou em locais inadequados para uma habitação.

Massa salarial

A massa de salários em circulação na economia cresceu em R$ 4,764 bilhões no período de um ano, para R$ 217,399 bilhões, uma alta de 2,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Na comparação com o trimestre terminado em outubro de 2019, a massa de renda real subiu 0,7%, com R$ 1,549 bilhões a mais.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve alta de 0,5% na comparação com o trimestre até outubro, R$ 11 a mais.

Em relação ao trimestre encerrado em janeiro do ano passado, a renda média ficou estável (0,0%) em R$ 2.361.

Taxa de desocupação fica em 11,2% no trimestre até janeiro

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pnad Contínua divulgados nesta sexta-feira (28), pelo IBGE. A população desocupada é de 11,9 milhões de pessoas.

O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 10,8% e 11,7%, com mediana de 11,3%.

Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,0%. No trimestre até dezembro, a taxa foi de 11,0%.

A população ocupada (94,2 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior. Já em relação ao mesmo trimestre do ano interior, houve alta de 2,0% (mais 1,9 milhão de pessoas).

O País alcançou uma taxa de informalidade de 40,7% no mercado de trabalho no trimestre até janeiro, com 38,3 milhões de trabalhadores atuando na informalidade.

O trabalho por conta própria alcançou 24,575 milhões de brasileiros no trimestre encerrado em janeiro. Em apenas um ano, o trabalho por conta própria ganhou a adesão de 745 mil pessoas. Em um trimestre, foram 129 mil trabalhadores a mais nessa condição.

O trabalho sem carteira assinada no setor privado somou 11,673 milhões de ocupados nessa situação. O emprego sem carteira no setor privado aumentou em 419 mil vagas em um ano. Em um trimestre, foram 179 mil trabalhadores a menos.

O setor público fechou 149 mil vagas em um trimestre, mas contratou mais 65 mil em relação a um ano antes. Já o trabalho doméstico dispensou 54 mil pessoas em um trimestre. No período de um ano, há 37 mil pessoas a mais no trabalho doméstico.

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