Brasília – As vagas temporárias abertas no comércio para fazer frente às datas comemorativas de final de ano contribuíram para a queda de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro. É a maior redução da série histórica, que se iguala ao trimestre encerrado em agosto de 2017 (-0,7 p.p). Com crescimento de 0,8%, a população ocupada chega ao recorde de 94,4 milhões de pessoas. Mesmo assim, mais de 11,8 milhões de pessoas ainda buscavam trabalho no País. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) de novembro, divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE.

Queda do desemprego reflete alta do trabalho na informalidade (Foto: Adriade Souza/Prefeitura de Olinda)
A melhoria da carteira, no entanto, tem sido acompanhada pelo crescimento nos indicadores de informalidade. Por exemplo, foi registrado no trimestre crescimento de 1,2% dos trabalhadores por conta própria, ou seja, mais 303 mil pessoas se juntando ao contingente de 24,6 milhões de pessoas nessa posição. Com isso, a população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas.
A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 6,179 bilhões no período de um ano, para R$ 215,104 bilhões, uma alta de 3,0% no trimestre encerrado em novembro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018.
Na comparação com o trimestre terminado em agosto, a massa de renda real subiu 2,1%, com R$ 4,498 bilhões a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve alta de 1,1% na comparação com o trimestre até agosto, R$ 26 a mais.
Em relação ao trimestre encerrado em novembro do ano passado, a renda média teve alta de 1,2%, para R$ 2.332, R$ 27 a mais que o salário de um ano antes.
O Brasil tinha uma população de 4,656 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em novembro, segundo o IBGE.
O resultado significa 56 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em agosto. Em um ano, 6 mil pessoas a menos estavam em situação de desalento.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
A massa de salários em circulação na economia cresceu R$ 6,179 bilhões no período de um ano, para R$ 215,104 bilhões, uma alta de 3,0% no trimestre encerrado em novembro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018.