Economista Marcio Pochmann é nomeado presidente do IBGE

Pochmann já presidiu o Instituto Lula, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação Perseu Abramo

Brasília – O economista Marcio Pochmann foi nomeado oficialmente presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A escolha de Pochmann já havia sido anunciada no fim de julho pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (8).

(Foto: Elza Fiuza/ Agência Brasil)

Pochmann tem 61 anos e graduação em ciências econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É doutor em ciência econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho.

O economista foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e 2012, da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, entre 2012 e 2020, e do Instituto Lula, de 2020 até este ano.

Na terça-feira passada (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu críticas de que poderia haver manipulação de dados com o IBGE nas mãos de Pochmann, indicado por ele. “Não é aceitável as pessoas tentarem criar uma imagem negativa de uma pessoa da qualificação do Marcio Pochmann. [Ele] é um dos grandes intelectuais do nosso país, um rapaz extremamente preparado”, defendeu Lula.

A escolha do economista para a presidência do IBGE foi comentada de forma espontânea pelo petista durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido nas redes sociais, e ocorreu poucos dias após a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ter afirmado que não faria “pré-julgamento” do nome escolhido para a presidência do instituto e que acataria a decisão do presidente. O IBGE é subordinado ao Ministério do Planejamento.

Sobre a escolha de Pochmann para o cargo, o chefe do Executivo disse, na ocasião, que Tebet não tinha ‘nada a ver com isso’. Ele respondeu ainda a supostas afirmações de que ela teria sido “atropelada” por ele. “Presidente não atropela, faz o que tem que fazer”, afirmou, enfaticamente.