Manaus – A 23ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade, promovida até sexta-feira (14), pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), no Sesi Clube do Trabalhador na Avenida Cosme Ferreira, bairro São José, apresenta 41 projetos finalistas ao Prêmio Qualidade Amazonas 2022, nas modalidades Gestão e Processo.
- (Foto: Divulgação)
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Um dos projetos apresentados em Gestão foi o da Recofarma Indústria do Amazonas, pela supervisora de excelência organizacional da empresa, Vaneska Viaro. A Recofarma investe para ser referência em criação de valor compartilhado, tanto para o sistema quanto para os empregados e para toda sociedade. Pertencente ao grupo The Coca-Cola Company, fabricante de concentrados e base de bebidas, é mais conhecida internamente como Commercial Product Supply (CPS) Manaus.
“Nosso plano busca entregar resultados extraordinários e sustentáveis para acelerar o crescimento da nossa companhia, dando destaque especial para as pessoas que compõem a equipe de colaboradores”, pontuou a supervisora, ao chamar atenção aos objetivos estratégicos voltado para a saúde e bem-estar no trabalho. Segundo Viaro, esse é um dos pontos em que a empresa está melhor estruturada, com a participação ativa dos colaboradores por meio de feedbacks positivos, não apenas pela pesquisa realizada de três em três meses como também pelas manifestações nos corredores e nas reuniões com toda a fábrica.
“Na CPS Manaus, temos psicólogos, massoterapeuta, médicos do trabalho e enfermeiras, todos contratados pela Recofarma e disponíveis para dar todo o suporte durante o dia a dia dos funcionários”, afirma Viaro, ao citar a ênfase nos pilares chamados “essenciais” da cultura de excelência presente na organização, e na qual as pessoas estão presentes como os principais ativos para o engajamento de altos resultados.
Modalidade Processo
A empresa Tutiplast Indústria e Comércio também participou do primeiro dia da mostra com o case ‘Melhoria do Processo de Fabricação do Gabinete Traseiro 5920’, sobre a resolução de problema que surgiu na fabricação da maquininha de cartão produzida para o cliente Transire Eletrônicos. O processo enfrentava rebarba e deformação da peça, devido à geometria de um molde postiço importado da China.
A solução foi encontrada no próprio parque fabril por seu time de Projetos, Ferramentaria e Engenharia, que modificou o postiço (Gabinete Traseiro 5920), eliminando assim o problema. “O custo semestral era mais de meio milhão de reais e hoje temos a economia desse valor, que podemos aplicar em novos investimentos e na compra de novos equipamentos”, explicou Lincon Machado, analista técnico da Ferramentaria da Tutiplast.
Com resultados também expressivos, a Musashi da Amazônia, produtora de componentes mecânicos e conjuntos de transmissão para veículos de duas rodas, representada pelo especialista comercial Alexandre Freire, apontou a redução os custos de fabricação em 33%, após a instalação de um robô destinado a automação da linha do setor de eixo balanceiro. “Nós deixamos de gastar mais de R$ 725 mil ao ano com fabricação. Deslocamos assim seis mãos de obra, que no total eram oito, para setores críticos da fábrica, e deixamos a linha apenas com os operadores do primeiro turno”, afirma o especialista.
A DuBom Fracionamento e Indústria de Cereais explanou o aumento do atendimento e faturamento junto a clientes de grande porte nos anos de 2020 a 2022. O supervisor de vendas da empresa, Rodrigo Nascimento, expôs a resolução das dificuldades surgidas a partir do crescimento da demanda e a sobrecarrega da produção fabril. “Em busca de alcançarmos nossa meta de crescimento, realizamos a compra de mais caminhões, a contratação de mais funcionários, além dos investimentos em maquinários novos”, evidenciou Nascimento, ao confirmar aumento do faturamento em mais de 500%.
Emerson Escossio, empreendedor e sócio proprietário da Escossio Malharia, empresa especializada na personalização de camisetas, equipamentos esportivos, bandeiras, bordados, pinturas e sublimação, afirmou que sua experiência no Programa Qualidade Amazonas foi como “olhar a empresa de fora para dentro”, fazendo com que os métodos e as causas fossem devidamente entendidos.
“Sempre apontamos um problema, a logística de matéria-prima, tínhamos muito estoque que não girava na empresa. Após as avaliações, passamos a comprar realmente o que faltava e a ter boa rotatividade no estoque, melhorando nosso faturamento em 30%”, citou Escossio.
O projeto focado na redução de tempo de execução para lançamento de análises de água e atendimentos aos prazos, no portal de vigilância sanitária, para reporte interno ou externo, levou a Águas de Manaus a buscar parceria para a montagem de um software que ajudasse na eliminação de um trabalho, antes dedicado a apenas uma pessoa. “A demanda de digitação das análises era muito grande e estava passível de erros de verificação e medidas”, a Jessica Oliveira, responsável pelo controle de qualidade e representante da empresa no evento.
De acordo com Oliveira, a implantação de software da UniCorp, com os módulos do M2B e do Unibiza, a partir do mapeamento da cidade e dos pontos de coleta de análise, aumentou a eficiência em mais de 90% no reporte das informações.
Esta edição do PQA conta com 70 avaliadores voluntários na comissão julgadora, formada pela especialista em Gestão Pública, mestre e doutora em Saúde Pública, Miran Miranda Cohen; o ex-assessor especial do diretor geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipan) e atual técnico de qualidade na empresa Latinos Carga Transportes do Brasil, Silvio Cândia; e pelo mestre em Estratégia e Inovação, Rafael Mitzcum.