Mercado de trabalho ‘pós-pandemia’: novas tendências aquecem o cenário

O mercado de trabalho está se reorganizando após as mudanças provocadas pela pandemia do Covid-19

São Paulo – O período de pós-pandemia deve ser ainda mais desafiador para empresas e profissionais, que neste período de um ano e meio, já tiveram que se adaptar e repensar maneiras de responder às novas necessidades do mercado de trabalho, as quais surgiram com o advento da Covid-19 pelo mundo.

Assim, tendências de flexibilização das jornadas, automação de processos e transformação digital, que deveriam acontecer ao longo de 5 anos, aconteceram praticamente do dia para a noite e se tornaram questão de sobrevivência para as empresas, já que a capacidade de absorver mudanças e se adaptar com o imediatismo serão fundamentais nos próximos anos.

Tanto as empresas quanto os funcionários precisam se adaptar (Foto; Divulgação)

Mudança no perfil dos consumidores e das empresas

O perfil dos consumidores mudou muito, tanto na questão do ambiente de trabalho, como na questão das relações pessoais e lazer. Mercados que antes eram vistos como irrelevantes por grande parte dos consumidores, hoje são os que apresentam os maiores índices de crescimento em popularidade. O mercado de tecnologia, por exemplo, desponta como uma tendência necessária dentro da economia. Hoje, existem muitas empresas que investem no setor de tecnologia para mapear e atingir o seu público consumidor dentro de uma população tão crescente.

O consumidor busca na internet novas formas de consumir e também de se entreter, fazendo com que tudo fique ao alcance de uma frase e um clique. Nichos do entretenimento são amplamente explorados pelas grandes companhias. Um grande exemplo disso é o mercado de jogos online, que traz consigo toda uma gama de opções diferentes que vão desde os jogos interativos em rede, jogos competitivos como os eSports amplamente transmitidos na Twitch, até os jogos de apostas, como o blackjack na NetBet, ou a própria Netflix.

Com todas essas transformações, tanto as empresas quanto os funcionários precisam se adaptar. Costumes antigos, como locadoras de filmes, espaços físicos para certas atividades, jornadas de trabalho antiquadas não devem mais fazer mais parte da nova realidade e o mercado de trabalho está seguindo um novo curso.

Principais tendências do mercado pós-pandemia

Apesar do futuro ser imprevisível no geral, alguns estudos são feitos para identificar os possíveis comportamentos do mercado de trabalho pós-pandemia, cuja principal preocupação é a recuperação econômica para o próximo ano. Tendo em vista todo esse panorama, separamos três fortes tendências do mercado após o advento da pandemia e o relaxamento das medidas de restrição e isolamento social, confira:

1 – Modelo Híbrido de trabalho

O home office obrigou as empresas a revisarem suas políticas de trabalho remoto e garantirem uma infraestrutura mínima para seus empregados. O modelo tem suas vantagens, como a possibilidade de contratar talentos onde quer que eles estejam e uma maior flexibilidade para organizar seus horários.

Além disso, Uma pesquisa realizada pela CIA de talentos e publicada no portal da revista Istoé estima que as empresas economizam cerca de 15% na quarentena, levando em consideração os gastos com a manutenção do ambiente físico, água, café, lanches, internet e vale transporte.

2 – Expansão do trabalho terceirizado

A incerteza econômica da pandemia fez com que muitos trabalhadores perdessem seus empregos. Some isso à inovação tecnológica e às novas ferramentas de trabalho.

Essas mudanças moldaram novas gerações de profissionais que, ao invés de esperar que o mercado lhes ofereça uma resposta, buscam o modelo de contratação freelance. Assim, o que era somente um “bico” se tornou uma forma de trabalho duradoura. A tendência é que a informalidade e a rapidez do serviço autônomo, especialmente nas áreas de comunicação e tecnologia, sejam cada vez mais visadas.

3 – Plataformas para gerenciar projetos

A pandemia tornou ainda mais evidente a necessidade de uma plataforma para gerenciar projetos e tarefas. Um estudo realizado pelo Capterra (uma plataforma de busca e comparação de softwares) com 409 funcionários de pequenas e médias empresas (com até 250 funcionários), de diversos setores de todo o país, concluiu que 47% PMEs (pequenas e médias empresas) entrevistadas não tinham nenhum plano de gestão de continuidade de negócios e foi necessário alocar recursos financeiros do dia para a noite, para manter a empresa funcionando. De acordo com a pesquisa, 63% dos gerentes responsáveis consultados afirmam que seus negócios terão de adotar novas ferramentas como resposta à Covid-19.