PIB do AM tem 5º maior crescimento do País, em 2017

O volume gerado de riquezas em todos os setores da economia do Amazonas atingiu R$ 93,2 bilhões, em 2017, alta de 5,2% sobre o ano anterior, de acordo com os dados do IBGE

Manaus – O volume gerado de riquezas em todos os setores da economia do Amazonas atingiu R$ 93,2 bilhões, em 2017, com a perda de representatividade da indústria para os serviços, o único a crescer no comparativo ao ano anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 5,2%, índice superior à inflação do ano passado e o quinto maior crescimento do País, ao se manter na 16ª posição relativa nacional.

Já O PIB per capita ficou em R$ 22.936,28, ocupando a 14ª posição nacional, bem diferente quando comparado a 2007 quando ocupava a 9ª posição nacional, perdendo representatividade desde então.

Setor industrial mantém trajetória de perda de participação no PIB do Amazonas (Foto: Eraldo Lopes/Arquivo-GDC)

Indústria

O setor industrial que representava 42,7% do PIB, em 2010, atravessou os anos de crise até cair para 33,3% da fatia da riqueza gera, em 2017, apesar de ter crescido 7,5% em volume. Para o IBGE, a queda em valor relativo foi motivada pela atividade de indústrias de transformação, que tem grande relevância na economia do Estado, sendo a perda de participação das atividades de refino de petróleo e coque, fabricação de resinas e elastômeros e impressão e reprodução de gravações as que mais contribuíram. O segmento da indústria de transformação passou de 31,3% para 26,2%, entre 2010 e 2017.

Em termos de volume, o crescimento de 11,2% das indústrias de transformação foi influenciado pelas atividades de fabricação de produtos da informática e produtos eletrônicos e a fabricação de produtos de borracha e de material plástico. Ainda na indústria, o segmento extrativo teve variação em volume de -11,6% devido à extração de petróleo e gás e eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação variou -0,5%, devido à redução da distribuição de energia elétrica, aponta o instituto.

Também integrante do setor industrial, a construção civil perdeu metade da participação com os anos de queda da atividade, resultado igualmente influenciado pela grave crise econômica. De acordo com os dados do IBGE, a fatia da participação saiu de 6,6%, em 2010, para 3,8%, em 2017.

Agropecuária

Mesmo com o menor peso na economia, o setor agropecuário quase dobrou o tamanho da sua fatia do PIB amazonense, ao passar de 4,4%, em 2010, para 7,1%, em 2017.

Segundo o IBGE, no intervalo de 2016 a 2017, o valor adicionado bruto do caiu de 7,7% para 7,1% justificado, sobretudo, pela produção florestal, pesca e aquicultura. A queda em volume de 9,5% desta atividade esteve atrelada à extração de açaí e de madeira em tora (extração vegetal). Na pecuária também houve queda em volume, de 2,6%, devido à criação de bovinos entre 2016 e 2017.

Na agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós colheita, a variação entre 2016 e 2017 em volume subiu 0,6%, marcada pelo aumento da produção da mandioca e do açaí (plantado), e ainda pela redução na produção da laranja, do abacaxi e da melancia.

Serviços

O setor de serviços foi o único entre os três grupos de atividades que avançou sua participação na economia amazonense: em 2016 representava 57,5% do valor adicionado bruto de 2016 e passou a 59,7% em 2017. Outras atividades de Serviços que tiveram ganho relativo foram atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares e administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, e cresceram em volume 6,1% e 1,6%; respectivamente.

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