Rio de Janeiro – A Argentina do astro Lionel Messi entra em campo no domingo no Maracanã para sua estreia na Copa do Mundo contra a Bósnia, considerada um equipe incógnita, em uma partida chave para confirmar o favoritismo da seleção treinada por Alejandro Sabella.
No papel, os sul-americanos têm a vantagem total sobre a seleção dos Bálcãs – estreante em Copas do Mundo -, graças a seu gigantesco potencial ofensivo, comandado pelo craque do Barcelona, mas a defesa argentina, que gera muitas dúvidas, deve ter muito cuidado com o bósnio Edin Dzeko.
“Nós conhecemos a Bósnia. Sabemos que tem jogadores que atuam no futebol europeu, de ótima técnica e qualidade. Precisamos estar atentos porque podem surpreender”, disse o zagueiro Federico Fernández.
A partida no Rio de Janeiro começará às 19H00, com o salvadorenho Joel Aguilar como árbitro.
A Argentina venceu em sua partida de estreia nos últimos cinco Mundiais, mas os torcedores não esquecem as surpreendentes derrotas para Bélgica na Espanha-1982 e Camarões na Itália-1990, ambas quando o país defendia o título e pelo mesmo placar (1-0).
A seleção argentina terá que controlar a pressão e a ansiedade, em um elenco jovem, que tem Messi e Javier Mascherano como líderes.
“Leo está muito bem e isso nos ajuda muito. Ele está com muita vontade”, afirmou o volante Augusto Fernández.
Se em uma estreia em Copa tudo é diferente, ainda mais em um estádio lendário como o Maracanã, a Argentina pode aumentar sua confiança com a lembrança do último amistoso entre as duas seleções: vitória de 2-0 em novembro do ano passado em Saint Louis (Estados Unidos), com dois gols de Sergio Agüero, uma partida sem a presença de Messi.
Teste para a criticada defesa
Sabella não confirmou o time titular e durante a semana treinou com duas variações em Belo Horizonte, uma ofensiva (4-2-3-1) com o ‘quarteto fantástico’, formado por Messi, Di Maria, Aguero e Lavezzi ou Higuaín, e outra mais conservadora (5-3-2), seu sistema favorito e que foi usado na vitória sobre a Bósnia em novembro.
Além da dúvida sobre o sistema tático, existe uma interrogação a respeito do atacante Gonzalo Higuaín, que se recupera de uma lesão no tornozelo.
A primeira partida no Grupo F, considerado fraco e que conta ainda com Nigéria e Irã, servirá para testar até que Sabella conseguiu solucionar os problemas em sua criticada defesa, considerada o calcanhar de Aquiles de um time com um meio campo desequilibrado entre criadores e marcadores.
“Todas as partidas serão difíceis. Mas somos a Argentina e temos que entrar para ganhar. Não temos medo de ninguém”, disse o zagueiro Ezequiel Garay.
Na Bósnia, o técnico Safet Susic afirmou que não cogita uma marcação especial sobre Messi.
Mas o treinador pode surpreender e deslocar Muhamed Besic para acompanhar o astro argentino em todo o campo.
O técnico afirmou diversas vezes que a meta da seleção é conquistar o segundo lugar do grupo, que levaria a Bósnia às oitavas de final em sua primeira Copa do Mundo.
Mas a história dos Mundiais está repleta de surpresas e a Bósnia sabe que uma vitória no Maracanã sobre a Argentina levaria o país às manchetes dos jornais de todo o planeta.